Os últimos momentos em vida de Antônio Cândido, de 42 anos, ficaram marcados na mente de Valdomiro Martins, de 65, dono do bar onde o homem tomou uma garrafa de cachaça em Santo Antônio do Rio Verde, distrito de Catalão. À equipe do g1, Valdomiro recriou o que o trabalhador fez e o que falou antes de ser encontrado morto
“Eu falei que não ia vender porque ia dar problema pra mim. Ele insistiu para beber. Ele falou que ia pagar, mas eu disse que não ia vender mesmo assim. Um parente do Antônio até falou que podia entregar [a pinga] porque se morresse alguém ele estava de testemunha”, falou.
Valdomiro disse que Antônio estava bebendo pinga com outros clientes desde cedo e assando carne. Em certo momento, o próprio Antônio teria sugerido a aposta. O dono do bar disse que insistiu para que ele não tomasse toda a pinga, mas o trabalhador estava decidido e disse que tinha a maioridade.
O g1 conversou com o parente, ele confirmou a versão do dono do bar, mas preferiu não dar entrevista.
Valdomiro estima que Antônio tomou a pinga entre 12h e 13h. Por volta de 16h, o trabalhador se deitou na calçada e os clientes pensaram que ele tinha ido dormir, por conta do álcool.
“Nós achamos que ele ia acordar lá pra meia noite porque ele tava tontinho e bebeu um litro de pinga de uma vez”, disse.
A morte
Maria contou que, diferente do que testemunhas falaram, o irmão ganharia uma caixa de cerveja caso tomasse toda a garrafa. O vídeo mostra que um cliente chegou a falar que Antônio poderia morrer.
Também no vídeo, após o trabalhador beber toda a cachaça, é possível ouvir pessoas falando "bebeu, ganhou, pode trazer a caixinha de cerveja".