— Ainda que a polícia não encontre veneno algum, a certeza da morte por envenenamento se mantém. Ela esteve por três horas na residência antes de ir embora, sabemos que ela comeu, mas não bebeu o suco. No interrogatório, quando falamos que os bolos foram apreendidos, Amanda não esboçou reação, mas "travou" quando falamos sobre o suco — detalhou o delegado.
Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que a motivação seria a rejeição pelo término do relacionamento com o filho de Leonardo, que durou cerca de três meses. O rapaz decidiu terminar a relação amigavelmente, há dois meses.
Quem é a suspeita de mortes por envenenamento?
A mulher, que estaria por trás do envenenamento, se identifica nas redes sociais como "psicóloga, terapeuta cognitivo-comportamental, advogada aposentada e mãe". Seu nome, no entanto, não aparece no Cadastro Nacional de profissionais inscritos.
Na OAB, seu cadastro aparece como regular.
— Em relação ao envenenamento, doenças transmitidas por alimentos têm percursos diferentes. Está descartado intoxicação alimentar, e vamos buscar as substâncias que causaram as duas mortes. Embora tenham sido coletados os alimentos e o suco, existe a possibilidade de envenenamento por um alimento que não foi coletado. Mais de 300 pesticidas são analisados procurando compatibilidade — explicou o perito Olegario Augusto da Costa Oliveira.