A família denuncia que houve negligência médica e falta de socorro.
Fábia Portilho foi operada na última sexta-feira (3/5) e morreu na noite de terça-feira (7/5), por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo.
De acordo o boletim de ocorrência, a polícia solicitou exame cadavérico para verificar a causa da morte da empresária. O caso será investigado pelo delegado Breynner Vasconcelos, de Goiânia.
De acordo com a prima de Fábia, Mariana Batista, a mulher era apaixonada por motocicletas e esportes radicais. Segundo a prima, ela gostava de ir a festas, de se divertir com amigos, além de frequentar diversos círculos sociais. “[Ela era] empoderada, entrava em qualquer lugar, em qualquer nível social”, disse ela ao G1.
Nas redes sociais, ela compartilhava fotos em encontros de motociclistas, em viagens e ao lado da família. “Ela gostava de moto, de jet ski, lancha e esportes aquáticos. Estava sempre nos encontros de motos”, completou a prima.
Na quarta-feira (8/5), a família de Fábia denunciou a morte dela à Polícia Civil. Conforme relato do B.O., a empresária realizou as cirurgias plásticas na última sexta-feira (3), em Goiânia, e recebeu alta médica no domingo (5/5). No entanto, ela voltou ao hospital na manhã de terça-feira (7/5) com dores abdominais.
“Ela foi internada e fez exames de sangue. A família pediu uma tomografia, mas os médicos disseram que ela estava só com anemia e não precisava da tomografia, só bolsas de sangue”, relatou Mariana.
Conforme o relato da família à polícia, Fábia gritava de dor e, mesmo assim, os plantonistas e o médico que fez a cirurgia não a examinaram ou pediram a tomografia.
“Ela só tomou as bolsas de sangue e, quando houve a troca de plantão, a médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de uma unidade de terapia intensiva (UTI)”, afirmou a prima.
Mariana afirma que, nesse momento, no início da noite, as equipes do hospital informaram que a unidade não tinha uma UTI nem um aparelho para fazer a tomografia.
Os médicos pediram o encaminhamento de Fábia para outro hospital, mas, preocupada, a família decidiu levar a empresária para uma unidade de saúde que eles confiavam mais.
De acordo com a prima, Fábia já chegou ao outro hospital com embolia e septicemia. Segundo ela, o médico não acompanhou a paciente e afirma que demorou mais de 10 horas para que a vítima fosse encaminhada à segunda unidade de saúde.
Por meio de nota, o médico Nelson Fernandes, que realizou a cirurgia plástica, lamentou a morte de Fábia e disse que os procedimentos foram realizadas sem intercorrências e queixas da paciente. Além disso, afirmou que prestou toda a assistência, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas.
O Hospital Unique, onde as cirurgias foram feitas, também por meio de nota, negou que houve negligência por parte da equipe médica, disse que informou a família sobre o quadro de saúde da paciente e que vai colaborar com a investigação.