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25/06/2024 às 11h16min - Atualizada em 25/06/2024 às 11h16min

Semana Mundial da Alergia destaca as alimentares

Especialista comenta os alimentos mais comuns que costumam dar reações e explica o tratamento

A alergista e imunologista Patrícia Rodrigues Ferreira Marques cita os principais alimentos que costumam dar reações alérgicas - Arquivo Pessoal
Uma alergia alimentar ocorre quando a exposição a um determinado alimento desencadeia uma resposta imune anormal. As reações alérgicas podem acontecer rapidamente, em poucos minutos após o consumo ou exposição, ou podem levar várias horas para aparecer. De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 250 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de alergia alimentar em todo o mundo. No Brasil não há estatísticas oficiais, mas segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças com até dois anos e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.

Esse ano, a Semana Mundial da Alergia é entre 23 e 29 de junho e o tema são as doenças alimentares. Embora mais de 170 alimentos sejam reconhecidos como potencialmente alergênicos, uma pequena parcela entre eles é responsabilizada pela maioria das reações que ocorrem. “Quaisquer alimentos podem estar envolvidos nas reações alérgicas alimentares, mas sabemos que leite, ovo, trigo, castanhas, nozes, amendoim, peixes e crustáceos são muito alergênicos”, elenca a alergista e imunologista Patrícia Rodrigues Ferreira Marques, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia.

As reações alérgicas podem variar de intensidade. Uma alergia alimentar leve pode apresentar manifestações como coceiras nos lábios e olhos, enquanto sintomas graves podem comprometer vários órgãos no resultado exagerado do organismo à substância presente no alimento (anafilaxia). Contudo, nem sempre isso ocorre na primeira vez. “As alergias podem ter um período de sensibilização, mas como não sabemos o dia dessa sensibilização o melhor é não contar com a informação de que se hoje como um alimento e não tenho nada, não significa que amanhã eu possa comê-lo e desenvolver uma reação a esse mesmo alimento”, explica a médica.


Alergia é diferente de intolerância

Muitas pessoas confundem a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) com intolerância à lactose, mas a especialista explica a diferença entre elas. “A intolerância à lactose é uma doença metabólica por diminuição de ação ou ausência de produção da enzima lactase para a digestão da lactose, que é o açúcar do leite. A intolerância não é uma doença alérgica. A alergia é uma enfermidade grave e com eventos trágicos quando o paciente entra em contato com a proteína do leite. Os intolerantes até toleram alguma quantidade de proteína do leite na dieta”.

Patrícia Marques salienta que nem sempre as alergias são curáveis. “Não posso dizer em cura, mas posso falar em dessensibilização. São procedimentos que podem ser feitos para diagnóstico e para tratamento. Eles são realizados por médico habilitado e em ambiente que tenha requisitos para tratamento de possível reação anafilática”, explica a alergista.


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