14/03/2019 às 11h51min - Atualizada em 14/03/2019 às 11h51min
Espetáculo "Filho da Mãe" - Paulo Gustavo inicia turnê com sua mãe, Déa Lucia
Filho da Mãe resgata a carreira de cantora de Dona Déa e celebra a relação entre os dois A estreia de Minha Mãe é Uma Peça (2004) é um divisor de águas na carreira de Paulo Gustavo. O espetáculo o tornou conhecido nacionalmente e, após o início em um pequeno teatro, segue em cartaz até hoje em grandes casas para milhares de espectadores. Sua versão cinematográfica rendeu dois filmes e o recorde de 15 milhões de ingressos vendidos. Não é segredo que a personagem e o texto foram inspirados em sua mãe, Dona Déa Lucia, que também conquistou seus fãs com pequenas participações em projetos do filho. Para celebrar esta relação tão especial, Paulo Gustavo e Déa Lucia estarão juntos em cena a partir de 6 de abril, quando se inicia a turnê nacional de Filho da Mãe, show musical em que os dois vão cantar e contar as divertidas, é claro histórias de tantos anos de convivência. Após a estreia estrategicamente agendada em Niterói, cidade natal da dupla, as apresentações seguem por Goiânia, São Paulo, Campinas, Santos, Brasília, Belo Horizonte, Novo Hamburgo, Porto Alegre, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba. Com direito a uma superbanda e direção musical de Zé Ricardo, o show nasceu da vontade de Paulo Gustavo resgatar o passado de Déa, que teve uma carreira de cantora até o início dos anos 2000, quando formou um grupo responsável por animar festas de casamento, eventos, bailes e até serestas. Ela sempre quis ser cantora. Quando precisava nos sustentar, trabalhava em colégios durante o dia e cantava à noite, mas nunca fez um show assim, em teatro, com produção, cenário e banda. Quis dar este presente e fazer esta homenagem para ela, conta o ator, que preparou uma superprodução para o primeiro encontro entre eles no palco. A ficha técnica de peso conta com cenografia de Zé Carratu, iluminação de Marcos Olívio e figurino de Felipe Veloso. Ao longo do processo de ensaios, a dupla se dedicou a uma extensa preparação que inclui sessões de fonoaudiologia e muitas horas por dia com Zé Ricardo e a banda, quando se envolviam na concepção dos arranjos e na formatação do roteiro. Acompanhados por Claudio Costa (guitarra), Marcelo Linhares (baixo), Mauricio Piassarollo (teclado) e Wallace Santos (bateria), Paulo e Déa vão desfiar um repertório que remete à memória afetiva de ambos, além de alguns hits mais atuais. Quem foi crooner sabe cantar de tudo e gosta de cantar de tudo. Vai ter espaço para muita coisa no show além das canções mais antigas. Tem bossa nova, mas também tem axé, samba e até funk, enumera Déa, que ressalta a alegria de ter um desafio desse tamanho aos 72 anos. Dividido por blocos temáticos, o espetáculo começa com standards de Bossa Nova, como O Barquinho e Lobo Bobo, entre outras lembranças afetivas do passado musical deles, como Faceira, canção de Ary Barroso que Paulo gostava de ouvir a mãe cantarolar na infância. Entre uma brincadeira e outra, eles prepararam um set em que vão interpretar hits de boate, cada um de sua época. É quando se misturam sucessos de Wanderléa (Pare o Casamento) com Anitta (Bang) e Preta Gil (Sinais de Fogo). A ideia é que Déa e Paulo se divirtam no palco tanto quanto a plateia. O humor e a alegria traços fundamentais na personalidade dela e inquestionável herança genética deixada para ele dão o tom de toda a apresentação. Seja nas versões bem humoradas das canções, em duetos, nos cacos ou nas histórias que costuram todo o roteiro musical, a ordem é fazer a festa. Ele acha que vou ficar sem graça com as brincadeiras, mas vou deixá-lo louco no palco, promete Déa Lucia.