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Varizes: problema atinge 38% da população

Veias saltadas e desconforto indicam comprometimento da circulação. Tratamento pelo SUS já é uma realidade

17/03/2025 10h36 - Atualizado há 16 horas

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Varizes: problema atinge 38% da população
(Crédito: Freepik)

As varizes são problemas de saúde que podem provocar desconforto, como sensação de cansaço, inchaço e ardor nas pernas. Números da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular apontam que pelo menos 38% da população apresenta a doença, mas, por ser confundida com um problema meramente estético, seu tratamento é, muitas vezes, negligenciado. O problema é que, em casos mais graves, as varizes podem levar a complicações como dermatites, úlceras e trombose venosa profunda.  

Por ser influenciada por fatores genéticos, a enfermidade não tem cura. Porém, pode ser controlada e tratada com o objetivo de evitar a evolução para condições mais graves. Nos últimos 12 meses, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia - Iris Rezende Machado (HMAP), por exemplo, operou cerca de 400 pacientes acometidos pela doença.  

Na unidade, o início do tratamento acontece quando o paciente chega até o hospital depois de passar por uma avaliação inicial por médicos das unidades básicas de saúde do município. De acordo com Juliano Santos, cirurgião vascular do HMAP, a celeridade entre os exames iniciais e a intervenção terapêutica, que pode ser cirúrgica ou não, faz com que a fila para esse tipo de demanda seja extremamente dinâmica. “Temos equipe especializada e aparato técnico capaz de realizar um grande volume de cirurgias com agilidade”, afirma.  

Para mapear o grau da doença e estabelecer o melhor tratamento, o paciente passa por um exame chamado Doppler, capaz de avaliar, de forma não invasiva, a circulação sanguínea. A partir do resultado, os cirurgiões vasculares traçam a melhor estratégia para trazer mais qualidade de vida para aquele paciente. No HMAP, é possível realizar tanto o tratamento cirúrgico, desde o mais complexo como a retirada da veia safena, como a espuma, uma substância que destrói a parede do vaso sanguíneo doente.        

De acordo com o médico Juliano Santos, as cirurgias são, porém, a forma de tratamento mais comum. Isso porque, em muitos casos, por considerarem que o problema tem apenas impacto na estética, muitos pacientes deixam de acompanhar a doença com o especialista e, quando chegam ao hospital, já não são elegíveis ao tratamento ambulatorial, sendo necessária a cirurgia  

O médico explica que após o tratamento na unidade, o paciente precisa seguir recomendações como usar meia elástica, às vezes tomar medicação e, principalmente, mudar hábitos de vida. “O sedentarismo, tabagismo e excesso de peso são os principais fatores que contribuem para a fragilidade das veias”, conclui. 

Causas

O cirurgião vascular do HMAP, Juliano Santos, explica que ficar muito tempo em pé ou sentado contribui para a piora do quadro. “A gravidade, por si só, já colabora para o sangue ficar retido na parte mais baixa do corpo, ou seja, as pernas. Se a veia estiver frágil, o retorno venoso fica ainda mais prejudicado”, explica. Mas hábitos como o tabagismo, ficar muito tempo em pé ou sentado e uma má alimentação podem agravar a fragilidade das paredes das veias. As varizes também aparecem mais com a idade porque o envelhecimento diminui a elasticidade das veias, tornando-as mais suscetíveis a dilatação. Mulheres têm maior tendência a desenvolver o problema por questões hormonais e por causa da gravidez, sendo uma proporção de 2,3 mulheres para cada homem. 

Sobre o HMAP

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica. 

Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. Nos primeiros seis meses de gestão Einstein, o tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%.


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