Pequi em pó: pesquisa da UFG desenvolve variação do fruto para ser usada na culinária e na indústria farmacêutica

Outras frutas também estão sendo transformadas em pó, como o jambo. Segundo pesquisador, a substância também pode ser usada para fins farmacêuticos.

Por Vinicius Moraes, g1 Goiás
24/03/2025 11h39 - Atualizado há 1 semana

RESUMO Sem tempo? Leia o resumo gerado por nossa IA
Clique aqui para Ler o Resumo

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás desenvolveram uma técnica para transformar a polpa de pequi em pó, mantendo sua cor e sabor característicos, mas com um gosto mais suave.

O produto tem potencial de uso na gastronomia, cosméticos e farmacêuticos, ajudando no tratamento de inflamações e distúrbios metabólicos.

Além de facilitar o armazenamento, a criação do pó promove a valorização da biodiversidade e a redução do desperdício, estimulando a bioeconomia e o acesso a ingredientes saudáveis.

Variação mantém a cor amarela característica do pequi, além do sabor, apenas um pouco mais suave.

Além de facilitar o armazenamento e transporte do alimento, a substância também pode ser usada para fins cosméticos e farmacêuticos.

Outras frutas também estão sendo transformadas em pó, como o jambo.

Criação do produto incentiva a valorização da biodiversidade nativa, além de incentivar no uso responsável dos recursos naturais e redução do desperdício.

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, desenvolveram uma técnica inédita para transformar a polpa de pequi em pó. Segundo um dos pesquisadores e professor titular da Escola de Agronomia da Universidade, Flávio Alves, a variação mantém a cor amarela característica do pequi, além do sabor. O pó pode ser usado na gastronomia e também na indústria farmacêutica.

Flávio Alves afirmou que o sabor do pequi fica um pouco mais suave, algo que pode agradar mais aos paladares.

"Portanto, é mais fácil de ser aceito pelo consumidor, uma vez que muitos não conseguem interpretar o sabor exótico do pequi ao consumi-lo na forma tradicional", afirmou.

Além de facilitar o armazenamento e transporte do alimento, Flávio também destacou as aplicações da novidade para fins cosméticos na forma de hidratantes, protetores solares e cremes anti-idade. O pequi em pó também pode ser usado em suplementos alimentares, como em cápsulas com propriedades antioxidantes e outras benéficas à saúde.

Segundo Flávio, a substância também pode ser usada para fins farmacêuticos, auxiliando no tratamento de inflamações e distúrbios metabólicos.

Leia Também

Além de Flávio, o time de pesquisadores também é formado pelo professor e pós-doutorado em ciência e tecnologia de alimentos, Júlio César, e pelo engenheiro de alimentos e mestrando do programa de pós-graduação em ciência e tecnologia de alimentos, Roberto Braz.

Como é produzido

De acordo com a Universidade, o pó é feito por meio de um processo de secagem chamado "spray drying". Trata-se do mesmo procedimento utilizado para fazer o leite em pó, onde uma mistura líquida da fruta é pulverizada em uma câmara com ar quente, formando pequenas gotículas que rapidamente secam e se tornam o pó.

Ainda segundo os pesquisadores, outras frutas também estão sendo transformadas em pó, como o jambo.

Benefícios e objetivos da pesquisa

De acordo com os pesquisadores, a criação do produto promove a valorização da biodiversidade nativa, além de incentiva o uso responsável dos recursos naturais e redução do desperdício, já que a vida útil do alimento também é aumentada.

Além disso, eles destacaram que a pesquisa estimula a bioeconomia, um modelo econômico que utiliza recursos biológicos de forma sustentável, e facilita o acesso a ingredientes funcionais e saudáveis à sociedade.

Enquantoissoemgoias.com Publicidade 790x90


FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/
"Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp"
Notícias Relacionadas »