Goiânia é a sexta cidade brasileira mais indicada para investir no comércio, segundo o estudo das Melhores Cidades para Fazer Negócios (MCN), desenvolvido pela Urban Systems e divulgado nesta quinta-feira (25/2). A cidade ainda crava os primeiros lugares nos rankings do Centro-Oeste nacional e do Estado de Goiás, à frente de Brasília (9º), Cuiabá (10º), Campo Grande (23º), Dourados (34º), Sinop (42º), Catalão (49º), Rondonópolis (62º), Anápolis (64º) e Trindade (67º). Nessa categoria, só quatro municípios goianos, incluindo Goiânia, aparecem na lista dos 100 mais. A Capital de Goiás também tem o sétimo melhor mercado imobiliário, a nona área educacional, o 33º setor de serviços e o 92º mercado agropecuário.
“O estudo atesta o quão forte é a economia goianiense e o tanto que o município de Goiânia, a Prefeitura de Goiânia, está estável do ponto de vista econômico, a ponto de garantir a continuidade dos investimentos na cidade através de obras, de políticas públicas, inclusive para manter o ritmo da economia, não permitindo que a pandemia consiga trazer danos muito graves ao nosso município”,
avalia o secretário de Finanças de Goiânia, Alessandro Melo. A pesquisa considera 326 cidades com mais de 100 mil habitantes segundo a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2020. O estudo aponta Goiânia como a sétima melhor cidade para investir na construção civil. A evolução no Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI) em 2020 ilustra a força desse setor. Apesar das adversidades desencadeadas pelo período pandêmico, o tributo que incide na compra de um imóvel ou mesmo na transferência de titularidade registrou alta de 15,43% na comparação com o mesmo período de 2019. O melhor desempenho entre todas as receitas próprias do município. Outro fato é o crescimento de novos domicílios. Entre 2020 e 2021, Goiânia ganhou 10.123 habitações, alta de 1,66% na quantidade de imóveis existentes na cidade. Além de Goiânia, que de novo figura na liderança estadual, aparecem neste ranking as cidade de Catalão (45º), Aparecida de Goiânia (55º) e Anápolis (82º). A Capital também é a segunda melhor do Centro-Oeste, logo após Brasília, que ocupa o sexto lugar. Na região ainda aparecem Três Lagoas (19º), Campo Grande (28º), Sinop (53º), Dourados (77º) e Rondonópolis (97º).
Educação
A terceira melhor performance de Goiânia neste estudo diz respeito ao setor educacional. O município aparece na nona posição nacional, a primeira de Goiás e a segunda do Centro-Oeste. No recorte regional, Palmas ocupa a primeira , no 5º lugar. Na educação, inclusive, está o melhor desempenho do Estado de Goiás no estudo. Ao todo, seis cidades goianas aparecem na lista, Goiânia, Senador Canedo (45º), Catalão (49º), Aparecida de Goiânia (58º), Águas Lindas de Goiás (59º) e Anápolis (62º). Apesar do levantamento considerar os ensinos básico, técnico e superior, os investimentos feitos pela Prefeitura de Goiânia no setor educacional tem reflexo direto nesse resultado. Isso porque entre os indicadores considerados na pesquisa estão a quantidade de matrículas na educação básica total, o crescimento no número de escolas, saldo de empregos e a presença em salas de aula de profissionais com nível superior. Dados da Secretaria Municipal de Educação (SME) indicam que entre 2019 e 2020 o número de matriculados na rede saiu de 104.688 para 107.650 alunos. São quase três mil alunos a mais. Só em 2020, a Prefeitura de Goiânia direcionou para a educação municipal nada menos que R$ 823,4 milhões. Em relação ao setor de serviços, quarto melhor desempenho de Goiânia, apenas a Capital (33º) e a Anápolis (79º) estão na lista nacional de desempenho. A cidade também nesse segmento é dona do melhor desempenho em Goiás e do terceiro no Centro-Oeste, atrás apenas de Palmas (3º) e Cuiabá (30º). Brasília ocupa a 38º posição. De acordo com o estudo, algumas cidades foram impactadas nesse eixo justamente pelos impactos da pandemia. O setor de serviços foi um dos mais atingidos principalmente quanto ao saldo de empregos, a renda dos profissionais e o tempo de isolamento social. Descontada a inflação acumulada no período, que segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionárias, foi de 4,52%, o Imposto Sobre Serviços (ISS) recolhido em Goiânia teve perda real de -2,67% no ano passado. “No caso de Goiânia, que é uma economia muito baseada no serviço, o reflexo da pandemia foi mais forte do que em outros setores”, explica o secretário Alessandro Melo. Também avaliado na pesquisa, o setor agropecuário está no 92º lugar no ranking de 326 cidades brasileiras. Em Goiás, os melhores resultados foram alcançados por Catalão (39º), Águas Lindas de Goiás (61º) e Anápolis (71º). No Centro-Oeste, por Cuiabá, no 11º lugar. No mercado industrial, outro alvo do estudo, a Capital não aparece entre as 100 cidades melhores colocadas. Catalão (37º), Senador Canedo (78º) e Anápolis (93º) são os municípios que constam na lista. Além deles, na região Centro-Oeste aparece apenas Várzea Grande, no Mato Grosso, na 85ª posição.
Indicadores
Como um todo, a boa performance de Goiânia no estudo sobre as Melhores Cidades para Investir se calca no percentual de empregos com rendimento mensal superior a cinco salários mínimos; qualificação em cada um dos setores pesquisados; crescimento da renda nominal e valorização dos trabalhadores; crescimento dos estabelecimentos, presença de empresas de grande porte; variação relativa do número de empregos, relação de empregos no setor de serviço sobre o total de empregos na administração pública; além do impacto socioeconômico da pandemia. A análise que identifica Goiânia como uma das melhores cidades do país também considera indicadores como a diversidade econômica, crescimento populacional; número de acessos a banda larga de alta velocidade; dinheiro injetado pelo Auxílio Emergencial na economia, a renda média dos trabalhadores formais da cidade e, entre outros, o Índice Firjan de Gestão Fiscal. “A pesquisa abrange o período em que começa a melhora no desempenho fiscal de Goiânia, inclusive com avanço positivo no Índice Firjan”, acrescenta Alessandro Melo. Os dados analisados, relativos aos anos de 2018, 2019 e 2020, abarcam de oito a 13 indicadores específicos e outros oito indicadores do macro cenário que, de modo geral, estão atrelados à evolução do setor, a oferta concorrente, o impacto da pandemia, a demanda e a infraestrutura complementar.