Goiás bateu, nesta terça-feira (2), o recorde de casos de coronavírus em 24 horas. Foi o maior aumento de um dia para o outro desde o início da pandemia: 4.359 novos contaminados. Até então, o recorde era de 18 de agosto do ano passado, quando o governo contabilizou 4.128 novos infectados em 24 horas.
O total de casos positivos chegou a 401.134, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça-feira. O número de mortes pela doença permanece em 8.545.
O governo estadual vem alertando que a segunda onda de Covid-19 está mais forte que a primeira em Goiás, principalmente após a secretaria identificar três variantes do vírus entre a população.
"O estado é de calamidade. O sistema de saúde nunca esteve tão pressionado. Sem dúvida estamos no momento mais crítico que a saúde vive desde o início da pandemia", destacou o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.As variante identificadas são a P1 e a P2, de Manaus, e a B.1.1.7, que surgiu no Reino Unido. "Essas três novas cepas da segunda onda têm demonstrado maior transmissibilidade e já estão em transmissão comunitária", destacou o titular da SES, Ismael Alexandrino.
O governo estadual definiu três cenários que a pandemia pode chegar nas regiões de Goiás: situação de alerta, situação crítica e de calamidade. As prefeituras inserem semanalmente dados no sistema da SES, que aponta em qual situação o município se encontra e assim a secretaria determina orientações de como cada cidade deverá agir para evitar o avanço da doença.
O balanço da situação das regiões é divulgado semanalmente pela SES e, nesta terça-feira, 17 regiões se encontravam em situação de calamidade e apenas uma estava na zona crítica.
Com a situação de calamidade em quase todas as regiões do estado, cidades adotaram medidas mais severas para conter o avanço da Covid-19 entre a população. No Entorno do DF, por exemplo, prefeitos adotaram o fechamento total do comércio não essencial e o toque de recolher. Entre 20h e 5h, os moradores não podem ficar em vias públicas.
Na Região Metropolitana de Goiânia, várias cidades, incluindo a capital, definiram que bares, restaurantes, comércios de rua, academias e igrejas deverão ficar fechados.
Na maior parte das cidades, o decreto vale por sete dias. Depois desse período, as medidas serão reavaliadas pelas prefeituras, podendo ser prorrogadas.
Dados do governo estadual revelam que 1.028 pessoas morreram de coronavírus em fevereiro deste ano. O número é 50,9% maior que os dados de janeiro, quando 681 pacientes perderam a vida para o vírus.
Em relação ao número de contaminados, o aumento foi de 6,5%, pois saltou de 41.424 casos positivos em janeiro para 44.148, em fevereiro.
Com o avanço do vírus entre a população goiana, 14 hospitais da rede estadual de saúde registraram 100% de ocupação dos leitos de UTIs nesta terça-feira:
A média de ocupação de todos os 29 hospitais da rede, somado aos conveniados, bateu 95% nesta terça-feira. Na enfermaria, o índice é de 81%.
O índice de ocupação da rede de saúde de Goiânia é de 95% das UTIs e 97% das vagas de enfermaria em uso.
UTIs lotadas em hospitais de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Um levantamento oficial realizado pela SES apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 205.657 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 45.669 pessoas até esta terça-feira.
Em relação ao recebimento e distribuição de vacinas, o estado já recebeu 438.480 doses, sendo 319.480 da CoronaVac e 119 mil da AstraZeneca.
Casos confirmados:
Mortes confirmadas:
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