08/04/2022 às 14h56min - Atualizada em 08/04/2022 às 14h56min
Paciente é assassinada dentro do Hospital de Urgências de Goiânia
Unidade diz cooperar com as investigações
Ludymila Siqueira
A Redação
Uma idosa de 75 anos foi assassinada, na tarde de quinta-feira (7/4), dentro do Hospital de Urgências do Estado de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O suspeito, de 47 anos, teria asfixiado a vítima, Neuza Cândida, que estava internada na unidade há dois meses e estava traqueostomizada. O suspeito foi preso em flagrante e o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).
Uma equipe da Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 17h30 de quinta-feira para averiguação de um homicídio no hospital. Quando os militares chegaram ao local, funcionários da unidade de saúde afirmaram que o suspeito teria entrado no leito de enfermaria da paciente sem levantar suspeitas. Acompanhantes de outros pacientes da enfermaria alegaram que o suspeito, sem nenhum motivo aparente e sem dar chance de defesa, asfixiou a idosa. Foram, inclusive, as pessoas que estavam no local e testemunharam o episódio que ajudaram a segurar o homem.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito teria alegado que quando entrou no quarto da vítima, teria ouvido um suposto pedido de ajuda da idosa. Em seguida, conforme relatou, teria tentado "limpar a região da traqueostomia". Foi esse o momento que a idosa morreu por asfixia. Família inconformada Filha de dona Neusa, Daniela de Oliveira destacou que na tarde de quinta feira (7) recebeu uma ligação de uma assistente social do hospital dizendo que uma pessoa chamada 'Ronaldo' estava na unidade para visitar a mãe dela. Daniela teria informado à profissional que não conhecia ninguém com esse nome e que, por isso, não autorizava a entrada. Horas depois recebeu outra ligação, mas dessa vez pra informar sobre a morte da mãe dela.
Ainda de acordo com Daniela, a pessoa que se apresentou como 'Ronaldo' não tinha ligação com a família. Ela relatou à polícia que soube, após a morte da idosa, que o suspeito do crime morava no mesmo bairro que a vítima. "Só isso que eu sei. Que moravam no mesmo bairro", afirma a filha. A família questiona como foi que o suspeito teve acesso à idosa, já que sua entrada no local não havia sido liberada pela filha de Neuza.
Quem coordena a investigação é o delegado Rhaniel Almeida, que disse ainda não ter informações sobre a motivação do crime. Já a direção do Hugo lamentou o episódio e afirmou estar contribuindo com as investigações.
Confira nota na íntegra do Hugo No tocante aos acontecimentos veiculados em mídia relacionados ao último dia 07/04/2022, a Direção do HUGO informa que os fatos encontram-se em investigação pela Polícia Civil e Diretoria do Hospital.
A direção lamenta profundamente o ocorrido e está revisando integralmente os protocolos de segurança para evitar futuros episódios, ao tempo que presta total assistência à família.
Por fim, a Direção do HUGO reforça o seu comprometimento com o atendimento assistencial de excelência e com a máxima humanização.