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09/04/2022 às 23h36min - Atualizada em 10/04/2022 às 00h00min

Maria Martins, uma das artistas mais importantes do modernismo brasileiro, ganha exposição no Rio

A mostra ‘Desejo Imaginante’, no Instituto Casa Roberto Marinho, é a maior dedicada à obra de Maria Martins no Rio de Janeiro, com 45 trabalhos entre esculturas e gravuras.

G1 Brasil
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/09/maria-martins-uma-das-artistas-mais-importantes-do-modernismo-brasileiro-ganha-exposicao-no-rio.ghtml
A mostra ‘Desejo Imaginante’, no Instituto Casa Roberto Marinho, é a maior dedicada à obra de Maria Martins no Rio de Janeiro, com 45 trabalhos entre esculturas e gravuras. Maria Martins, uma das artistas mais importantes do modernismo brasileiro, ganha exposição no Rio
Uma das artistas mais importantes do modernismo brasileiro, Maria Martins ganhou uma exposição no Instituto Casa Roberto Marinho, no Rio.
Dois corpos unidos no encaixe improvável de um encontro, como se um casal pudesse sentir - ao mesmo tempo - atração e repulsa, embate e desejo. A dualidade humana retorcida em bronze na obra "O Impossível" é uma das mais simbólicas da produção de Maria Martins. Em quatro versões, a maior das esculturas mede quase 1,8 m de altura. Com as figuras femininas sempre mais altas e imponentes do que as masculinas, num claro sinal de inversão do poder.

Mesmo sem nunca ter pisado na Amazônia, a floresta foi parte importante da produção da artista. Maria Martins se informava por textos e imagens para criar figuras mitológicas, trazendo à tona a inquietação do feminino e da sexualidade. Obras onde humanos, animais, vegetais se confundem no exagero do olhar surrealista.
A exposição “Maria Martins - Desejo Imaginante” é a maior mostra dedicada à obra de Maria no Rio de Janeiro, com 45 trabalhos entre esculturas e gravuras. Tudo foi produzido entre as décadas de 1940 e 1950.
A mineira Maria Martins nasceu em Campanha, em 1894. Se casou duas vezes. O segundo marido era o diplomata Carlos Marins e, por isso, durante muitos anos, ela viveu fora do Brasil. Maria Martins era conhecida como a "escultora dos trópicos" e teve maior reconhecimento quando se mudou para os Estados Unidos.
“O marido dela era um dos principais embaixadores do governo Vargas. Então, houve, por exemplo, toda a articulação do Brasil e dos Estados Unidos na política da boa vizinhança, e ela era a embaixatriz, ela que inaugura o pavilhão do Brasil na Feira de Nova York, que foi um pré-revolucionário do Lucio Costa, do Niemeyer”, diz o diretor do Instituto Casa Roberto Marinho, Lauro Cavalcanti.
Maria Martins desafiou a moralidade da época ao esculpir o erotismo e expor o desejo feminino. A artista enfrentou a rejeição do meio artístico e chegou a ser classificada como obscena pela crítica especializada. O reconhecimento foi tardio de uma mulher que sempre esteve à frente do seu tempo.
“Aqui no Brasil, achavam a arte dela estranha, constrangedora e discrepante de tudo que se fazia”, conta Lauro Cavalcanti.
Maria Martins levou o Brasil para o cenário de arte internacional, e nos deixou um legado que até hoje provoca reflexão.
“Ela mistura essa parte com do folclore com essa parte do retrato do feminismo. Achei muito interessante”, diz o comerciante Cláudio Ramos.
“É muito original, muita força e muito contemporâneo com todas essas questões de natureza que a gente está vivendo. Ela faz esse resgate, que é uma questão do modernismo na época, de uma forma muito especial”, afirma uma visitante.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/09/maria-martins-uma-das-artistas-mais-importantes-do-modernismo-brasileiro-ganha-exposicao-no-rio.ghtml

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