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14/04/2022 às 10h46min - Atualizada em 14/04/2022 às 10h46min

Goiás deve registrar 3º maior crescimento do PIB do país no período da pandemia

Impulsionado pelo agronegócio, Produto Interno Bruto goiano pode avançar 4,5% no acumulado de 2020 a 2022.

“Graças à tecnologia e ao agricultor, Goiás bate recordes. É um Estado de excelência com o resultado da economia”, ressalta governador Ronaldo Caiado


O Produto Interno Bruto de Goiás (PIB) no período da pandemia (2020/2022) deve crescer 4,5% na comparação com 2019, ano anterior ao da crise sanitária provocada pela Covid-19. A informação é da MB Associados e foi divulgada na segunda-feira (11/4) pelo jornal Folha de S. Paulo. Esse percentual vai colocar o Estado na terceira posição nacional, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (4,9%) e Tocantins (4,7%). No mesmo período, o PIB do país irá registrar crescimento de apenas 0,5%.

Segundo a MB Associados, o crescimento maior do PIB de Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins no período de pandemia se confirmará graças ao avanço dos preços das commodities atreladas ao agronegócio. No ano de 2019 o PIB goiano cresceu, oficialmente, 2,2%, somando R$ 208,6 bilhões, o que determina três anos consecutivos de resultados positivos após quedas em 2015 e 2016. “Graças à tecnologia e ao agricultor, Goiás bate recordes. É um estado de excelência com o resultado da nossa economia”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

Também em 2019, a economia de Goiás representou 2,8% da nacional, ficando na nona posição no país. Todos os setores econômicos contribuíram para o avanço do PIB no ano que antecedeu a pandemia mundial. A agropecuária avançou 1,4%, a indústria, que vinha apresentando queda desde 2015, cresceu 2,9% em 2019, na comparação com 2018, e o setor de serviços cresceu 1,9%.  

Ainda conforme a MB Associados, com a valorização das commodities na pandemia, as projeções foram puxadas para cima em estados cuja economia estão atreladas ao agronegócio. Relatório publicado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), do final de 2021, aponta que a valorização desses ativos ocorre em razão da recuperação das atividades econômicas globais à medida que os países avançam em seus esforços de vacinar as populações e, subsequentemente, removem as restrições de deslocamento. 

Titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna Braga Filho, destacou que esse resultado ocorre em razão da força e crescimento das atividades econômicas de Goiás. Segundo ele, a economia goiana tem se expandido e aberto várias janelas de oportunidades, com a geração de empregos e de renda, fundamentais para promover o crescimento. “Já esperávamos esse resultado positivo do nosso PIB. Não será nenhuma novidade se, no fechamento dos números, Goiás pular para a parte alta do pódio. Muitas ações estão sendo desencadeadas e não estão atreladas diretamente ao agronegócio. E serão essenciais para crescer ainda mais nossa economia”, disse o secretário, para lembrar que o Programa Cinturão da Moda é uma delas, com perspectiva de gerar milhares de empregos. 


Em relação ao PIB brasileiro, em 2020, primeiro ano da pandemia, houve uma forte queda de 3,9%, mas cresceu em 2021 (4,6%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A MB projeta estagnação desse resultado em 2022, com expectativa de variação nula, o que promoverá um leve avanço de 0,5% nos três anos de pandemia no Brasil frente a 2019. 

No acumulado de 2020 a 2022, pelo menos 15 unidades da Federação (14 estados mais o Distrito Federal) devem apresentar variação superior à do PIB brasileiro, sempre de acordo com a MB Associados. 


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