O caso suspeito é o de uma mulher de 43 anos, residente em Goiânia. De acordo com a superintendente, já foi realizada a coleta de amostras. "Algumas serão processadas aqui e outras enviadas para fora aguardar os resultados para verificar se esse caso vai se confirmar ou não", explicou.
No primeiro semestre deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados da varíola do macaco em 42 países, um caso provável e uma morte.
Até o momento, foram notificados 80 casos de varíola dos macacos no Brasil. Desse total, 20 foram confirmados e 14 são considerados suspeitos, incluindo o caso de Goiás. De acordo com a pasta, a investigação desses casos está em andamento e as coletas para análise laboratorial já foram realizadas.
São considerados confirmados os casos suspeitos ou prováveis, em que o vírus da Monkeypox é detectado por meio de teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento). Já os casos suspeitos são aqueles em que a pessoa apresenta início súbito de febre, adenomegalia, que é o aumento dos linfonodos do pescoço, e erupção cutânea aguda inexplicável.
Os casos prováveis são aqueles em que a pessoa atende à definição de caso suspeito, tendo também vículo epidemiológico com caso provável ou confirmado de Monkeypox.
O que é a varíola dos macacos
A varíola dos macacos é considerada uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar. O agente causador da doença pertence à família dos ortopoxvírus.
Segundo o Instituto Butantan, existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). A taxa de mortalidade de casos para o vírus da África Ocidental é de 1%, enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%.
Histórico
A varíola dos macacos era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa.
Transmissão
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos por meio do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. O vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Tratamento
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da Monkeypox é baseado em medidas de suporte com o objetivo de "aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e prevenir sequelas". Para prevenção de casos recomenda-se para profissionais da saúde o uso de equipamentos de proteção individual como máscaras, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos regularmente.
A população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de máscara e higienizar as mãos. Em caso suspeito da doença, deve ocorrer o isolamento imediato do indivíduo, seguido da coleta de amostras clínicas. Sendo confirmado para Monkeypox, o isolamento do indivíduo só deverá ser encerrado após o desaparecimento completo das lesões. Para os casos descartados, deve-se verificar a necessidade de permanência do isolamento.