07/07/2022 às 23h33min - Atualizada em 08/07/2022 às 00h01min
Atriz Luciana Braga nasce como cantora na cena íntima do musical 'Judy – O arco-íris é aqui'
Atriz Luciana Braga nasce como cantora na cena íntima do musical 'Judy – O arco-íris é aqui'
G1 Brasil
https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2022/07/07/atriz-luciana-braga-nasce-como-cantora-na-cena-intima-do-musical-judy-o-arco-iris-e-aqui.ghtml
Resenha de musical de teatro
Título: Judy – O arco-íris é aqui
Texto e direção: Flávio Marinho
Interpretação: Luciana Braga
Direção musical: Liliane Seco
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Atriz carioca que entrou em cena na década de 1980, Luciana Braga vive um renascimento artístico ao dar voz ao repertório da atriz e cantora norte-americana Judy Garland (10 de junho de 1922 – 22 de junho de 1969), estrela da era dourada dos musicais de Hollywood.
A caminho dos inacreditáveis 60 anos, a serem festejados em dezembro, Luciana é a luz que ilumina a cena íntima de Judy – O arco-íris é aqui, monólogo musical escrito e dirigido por Flávio Marinho e encenado no Rio de Janeiro (RJ) – cidade onde está em cartaz no Teatro Vanucci, de sexta-feira a domingo – para celebrar o centenário de nascimento de Garland.
Luciana Braga nasce como cantora neste espetáculo produzido com garra. Talvez seja mera magia da cena, mas a impressão do espectador é a de estar assistindo a uma cantora tarimbada, expressiva, uma intérprete que honra a alta qualidade de músicas dignas de figurar em antologias do cancioneiro norte-americano.
Quando canta, Luciana consegue evocar Judy Garland em cena, seja caindo bem no suingue de I got rhythm (George Gershwin e Ira Gershwin, 1930), seja expondo a ternura melancólica de Have yourself a merry little Christmas (Hugh Martin e Ralph Blane, 1944), standard natalino apresentado por Judy no musical Meet me at St. Louis (1944), filme popularizado no Brasil com o título de Agora seremos felizes.
Sem tentar mimetizar Judy no palco, Luciana Braga cresce em cena quanto canta músicas como For once in my life (Ron Miller e Orlando Murden, 1967) com os toques dos pianos de Liliane Secco – diretora musical da peça – e André Amaral.
O texto de Judy – O arco-íris é aqui é quase uma conversa ao pé do ouvido com o espectador. Em vez de dramatizar os fatos da vida folhetinesca da estrela norte-americana, Flávio Marinho faz Luciana Braga narrar os principais acontecimentos da vida de Judy como se contasse uma (boa) história, eventualmente salpicada com fatos e emoções da trajetória da própria Luciana Braga.
Produzido sem luxo, somente com o essencial para o bom teatro, Judy – O arco-íris é aqui é pocket musical que enreda o espectador nesse tom confessional.
E tudo o que é dito parece fazer mais sentido quando Luciana Braga solta a voz em roteiro musical que evidentemente abarca a balada Over the rainbow (Harold Arlen e Yp Harburg, 1939), tema principal do filme O mágico de Oz (1939) que norteou a trajetória de Judy Garland, resumida por Luciana Braga em monólogo aconchegante que marca o nascimento da atriz como cantora.
Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2022/07/07/atriz-luciana-braga-nasce-como-cantora-na-cena-intima-do-musical-judy-o-arco-iris-e-aqui.ghtml