14/07/2022 às 21h02min - Atualizada em 14/07/2022 às 21h02min
Prefeitura de Goiânia atua no monitoramento da saúde dos macacos residentes nos parques municipais e unidades de conservação
Biólogos da Agência Municipal de Meio Ambiente alertam que maltrato aos animais silvestres é crime passível de multa e detenção.
Equipes acompanham rotina dos bichos, bem como estado de saúde, e afirmam que interação pode ser prejudicial ao bem-estar dos primatas
Diante da confirmação de dois casos de Monkeypox na capital, a Prefeitura de Goiânia assegura o monitoramento constante dos macacos residentes nos parques municipais e unidades de conservação. Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) é responsável pelos cuidados com os animais, e alerta que maus tratos e agressões são atos passíveis de multa e detenção.
O acompanhamento da rotina dos macacos e demais animais cujo habitat são os parques da capital também são feitos pela Amma. A bióloga Wanessa de Castro afirma que o trabalho consiste na avaliação constante do comportamento dos bichos, e na observação da existência de sinais de qualquer tipo de doença.
A profissional esclarece que “nada de anormal foi constatado nem nos animais que vivem nos parques, nem naqueles que residem nas unidades de conservação”. Wanessa aponta, então, que “não oferecem risco quanto à transmissão do vírus”.
O vírus Monkeypox foi descoberto em 1958, em grupo de macacos de um laboratório dinamarquês, daí, o nome popularizado como “varíola dos macacos”. Wanessa pontua que, apesar disso, o vírus também tem roedores como possíveis portadores, segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “De forma alguma as pessoas devem maltratar ou matar esses animais, um crime ambiental passível de multa e detenção”, alerta. A punição consta no Art. 32 da Lei Federal 9.605/98.
Entretanto, a bióloga ressalta os riscos na interação entre os visitantes dos parques e os macacos, o que acarreta problemas de contaminação com doenças humanas e saúde agredida pela ingestão de alimentos industrializados. “São animais de vida livre, então, essa interação deve se limitar à contemplação, não só dos macacos, como dos outros animais silvestres”, alerta.
Wanessa lembra de caso recente no qual uma fêmea de macaco-prego teve um membro necrosado em consequência do corte em uma latinha de refrigerante. “Quando a capturamos, a infecção estava avançada, então precisamos amputar a mão o que, felizmente, não acarretou em maiores consequências para a vida dela”, conta.