07/11/2022 às 20h54min - Atualizada em 07/11/2022 às 20h54min
Júri do caso Valério Luiz deve durar ao menos três dias em Goiânia
Testemunhas são ouvidas no auditório do TJ/GO
Adriana Marinelli
A Redação
Iniciado nesta segunda-feira (7/11) após quatro adiamentos, o julgamento dos acusados de envolvimento na morte do cronista esportivo Valério Luiz, realizado no plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), no Setor Oeste, em Goiânia, deve durar ao menos três dias. O júri popular, que começou com o sorteio dos sete jurados, é presidido pelo juiz Lourival Machado.
Valério Luiz foi morto a tiros (Foto: divulgação)
O julgamento começou com a oitiva de testemunhas, sendo que a primeira pessoa ouvida foi arrolada pelo Ministério Público. Trata-se de um ex-colega de trabalho de Valério Luiz. Além dele, outras testemunhas apresentarão suas versões dos fatos antes dos réus serem ouvidos.
Dos 5 réus, 4 acompanham o júri presencialmente: o empresário Maurício Sampaio, tido como mandante do crime, registrado em julho de 2012; Ademá Figueredo Aguiar Filho, sargento da Polícia Militar e suposto atirador; Djalma Gomes da Silva e Urbano de Carvalho Malta, apontados como articuladores. Apenas Marcus Vinícius Pereira Xavier, também apontado como participante do crime, não está presente. Ele vive atualmente em Portugal e é representado no júri por seu advogado.
Adiamentos
O julgamento do caso foi adiado pela primeira vez em junho de 2020, por causa da pandemia de covid-19. Depois, em março deste ano, quando o advogado de Maurício Sampaio deixou a defesa às vésperas. Já em maio, a nova defesa do acusado de ser o mandante do crime deixou o plenário por alegar imparcialidade do juiz.
O júri havia finalmente iniciado no dia 13 de junho, mas foi novamente adiado para 5 de dezembro porque um dos membros do conselho de sentença passou mal e saiu do hotel onde mantinha o isolamento durante o julgamento. Posteriormente, o juiz antecipou a data para 7 de novembro, pois no dia 5 de dezembro poderá ter jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 5 de julho de 2012, por volta das 14h, o cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira foi baleado com cinco tiros dentro do seu carro, quando saía da emissora de rádio que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. O crime teria sido motivado por comentários negativos feitos por Valério Luiz em relação a Sampaio, então vice-presidente do Atlético-GO.
Cena do crime que vitimou Valério Luiz (Foto: A Redação/arquivo)
O oferecimento da denúncia foi feito no dia 27 de fevereiro de 2013 e apenas três dias depois a justiça aceitou o caso. Maurício Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva foram pronunciados em agosto de 2014.