11/11/2022 às 23h04min - Atualizada em 12/11/2022 às 00h00min

Copa do Catar: o maestro que joga em campo e nos palcos

Série especial de reportagens sobre a paixão dos brasileiros pelo futebol fala nesta sexta (11) dos meio-campistas da Seleção e de maestros dentro e fora de campo.

G1 Brasil
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Série especial de reportagens sobre a paixão dos brasileiros pelo futebol fala nesta sexta (11) dos meio-campistas da Seleção e de maestros dentro e fora de campo. Copa do Catar: o maestro que joga em campo e nos palcos
A nove dias do início da Copa do Mundo, o Jornal Nacional segue com a série especial de reportagens sobre a paixão dos brasileiros pelo futebol. Kiko Menezes fala nesta sexta-feira (11) dos meio-campistas da Seleção e também de maestros dentro e fora de campo.
"Eu acho que um time de futebol, para render, ele precisa estar afinado. O futebol é uma sinfonia. O futebol tem o seu clímax, que é o gol. Eu entendo da beleza do futebol e nós todos podemos cooperar como um time de futebol para que a gente toque junto, afinado, para que cada um faça bem a sua parte, feliz. Eu sou maestro e eu sou meio-campo”, diz o maestro Carlos Prazeres, de 48 anos.

E o maestro afirma: "Eu acho o Neymar um jogador sensacional.”
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Neymar, o camisa 10 do PSG e da nossa seleção, 30 anos, vai disputar a terceira Copa do Mundo. O responsável pela regência do time. Foi assim em 2014, no Brasil, em 2018, na Rússia, e assim será no Catar.

"Neymar seria um maestro", afirma Carlos Prazeres.

"A seleção brasileira é muito privilegiada nesse sentido porque tiveram muitos. Sendo rápido assim eu acho que Ronaldinho Gaúcho, Zico e Pelé. Pelé é referência, Pelé é o futebol, o respeito e admiração que eu tenho por ele são gigantescas e a importância que ele teve no tri foi fundamental", relata Neymar.

"O camisa 10, desde a minha mais tenra idade, foi uma camisa icônica. A gente tem ali a figura de um maestro. Aquele time que aos três minutos toma um gol em uma decisão, é o camisa 10 que vai falar calma. Isso é o maestro virando para os músicos e falando assim: ‘Não cresce tudo agora, o clímax está ali no compasso 240’", explica o maestro.

E qual é a camisa que o Carlos gosta de vestir na pelada, no bate-bola?

"A camisa que eu uso é a camisa 10, afinal de contas eu sou o maestro", conta.

Tem vezes que são muitos maestros regendo um time só.

"A Copa de 82 eu me lembro que não era um jogo de futebol, era um balé clássico. Os jogadores flutuavam em campo", relembra o maestro.

Não chega a ser um balé, mas a seleção atual tem um meio-campo harmonioso. Casemiro e Fred, companheiros do Manchester United; Paquetá, do West Ham; Fabinho, do Liverpool; Bruno Guimarães, do New Castle; e Everton Ribeiro, do Flamengo. Possibilidades variadas para o Tite montar uma orquestra afinada.

"Eu acho que as cordas seriam a defesa. As cordas elas são o arroz com feijão da gente. Os sopros seriam o ataque. Percussão é o gol. Percussão é o momento do ápice", aponta o maestro.
É como em um time: cada um tem uma habilidade especial e todos precisam trabalhar em grupo para alcançar o sucesso. E no meio disso tudo, a figura central, que está ali para organizar, unificar, reger o grupo. O maestro.

"Eu hoje sou o maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia e não creio que eu seja apenas o líder ou o que eu sou o comandante dessa instituição, não. Eu prefiro acreditar que nós todos temos uma função aqui e nós todos podemos cooperar como um time de futebol. E saia por aí tocando, dançando, mudando a sociedade”, conta Carlos.

"Música para mim é tudo. Eu acordo escutando música, eu vou dormir escutando música, vou para o treino escutando música. E o futebol, o jogador com a música é o jeito dos dribles, de bailar, de mexer o corpo, de você movimentar o zagueiro, vai no sentido da dança também”, afirma Neymar.

Porque a música e o futebol nasceram com a mesma vocação: emocionar as pessoas.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/11/11/copa-do-catar-o-maestro-que-joga-em-campo-e-nos-palcos.ghtml
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