19/01/2023 às 23h31min - Atualizada em 20/01/2023 às 00h00min

Mãe e filho são condenados por assassinato de bombeiro em Sapiranga

Ledamaris da Silva, esposa da vítima, foi condenada a 17 anos e meio de prisão. Yago Rudinei, enteado, deverá cumprir 15 anos, quatro meses e 15 dias de pena. Ambos responderam por homicídio duplamente qualificado contra Glaiton Silva Contreira.

G1 Brasil
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Ledamaris da Silva, esposa da vítima, foi condenada a 17 anos e meio de prisão. Yago Rudinei, enteado, deverá cumprir 15 anos, quatro meses e 15 dias de pena. Ambos responderam por homicídio duplamente qualificado contra Glaiton Silva Contreira. Glaiton Silva Contreira, de 52 anos comandava os pelotões dos Bombeiros de Montenegro e Taquari
Reprodução/Facebook

Mãe e filho acusados de matar o bombeiro Glaiton Silva Contreira, de 52 anos, em 2020, em Sapiranga, Região Metropolitana de Porto Alegre, foram condenados pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Ledamaris da Silva, esposa do militar, deverá cumprir 17 anos, seis meses e um dia de prisão e Yago Rudinei da Silva Machado, enteado da vítima, 15 anos, quatro meses e 15 dias. Eles não poderão apelar em liberdade, sendo mantida a prisão de ambos.
O g1 entrou em contato com as defesas dos réus, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem.
Antes do júri, o advogado Nemias Rocha Sanches, que representa Ledamaris, disse que a ré "não tem nenhuma ligação com o crime, sendo uma pessoa inocente". A advogada Michelle Jociane Ali Zini, que representa Yago, disse que ele sofre de esquizofrenia paranóide e que "possui diversos laudos médicos de peritos judiciais, inclusive comprovando a doença mental dele".
Ledamaris aguardou o julgamento presa preventivamente no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. Já Yago chegou a ser encaminhado ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, mas atualmente está preso na Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas.
Conforme denúncia do Ministério Público, Ledamaris e Yago planejaram o crime por motivos patrimoniais. Glaiton foi sedado com gás sevoflurano, utilizado em anestesias gerais, sendo levado de carro até um local ermo, onde foi morto com cortes de estilete no pescoço.
Os promotores Karen Cristina Mallmann e Francisco Saldanha Lauenstein sustentam que Yago fugiu do local deixando a arma do crime, um celular e pertences do padrasto sob uma ponte.
Tenente foi encontrado um dia depois do crime, na região de Sapiranga
Polícia Civil/Divulgação
Relembre o caso
O tenente Glaiton Silva Contreira desapareceu no 25 de outubro de 2020 e foi encontrado morto um dia depois em Sapiranga. Segundo a Polícia Civil, ele tinha uma marca de golpe de objeto perfurante no pescoço. Na ocasião, o enteado foi preso e, segundo o delegado Fernando Branco, admitiu a autoria do crime.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul lamentou a morte do tenente. Conforme a corporação, Contreira comandava os pelotões de Montenegro e Taquari, do 2° Batalhão de Bombeiro Militar.
De acordo com a investigação policial, o bombeiro e a então esposa iriam se separar e o enteado acreditava que a mãe e ele seriam prejudicados com a divisão de um imóvel da família. "A motivação foi patrimonial", disse o delegado Fernando Branco na época.
Durante o inquérito, foi descoberto que o enteado teria desviado medicamentos do hospital em que trabalhava, em Sapiranga. "Foi premeditado. Ele era estagiário de um hospital e, durante duas semanas, ele desviou os anestésicos que iam pro descarte. Era uma espécie de éter", afirmou o delegado.
A mulher foi presa no início de novembro de 2020, por suspeita de planejamento e execução da morte de Glaiton. Ela teria dopado a vítima e ajudado o filho a levar o marido, desacordado, até o carro.
Ainda em novembro, o enteado de Glaiton Silva Contreira foi encaminhado para o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, após decisão judicial. A defesa solicitou a soltura do jovem de 25 anos, alegando que ele era "doente mental (esquizofrênico) e, portanto, sua confissão à autoridade policial, que defende irregular, deve ser vista com reservas". A Justiça negou a soltura do suspeito, mas concordou em transferi-lo para o IPF, para que recebesse tratamento psicológico adequado.
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Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2023/01/19/mae-e-filho-sao-condenados-por-assassinato-de-bombeiro-em-sapiranga.ghtml

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