“O Moraes está bem confiante, porque ele nunca prejudicou ninguém. Não está envolvido com nenhuma operação de manipulação, nunca vendeu o jogo e prejudicou ninguém. Ele está trabalhando, é profissional e pai de família”, alegou Tiago.
Ainda de acordo com o advogado, assim que tomaram ciência da operação, foi peticionado um pedido de cópia do procedimento investigativo ao Ministério Público. “Ainda não tivemos resposta, tão pouco acesso aos autos. Então, não podemos adiantar nada, por enquanto”, explicou o advogado.
Em nota, o Atlético Clube Goianiense informou que exalta a operação. “A respeito da Operação Penalidade Máxima II, o Atlético Clube Goianiense exalta e apoia toda a iniciativa que busca a transparência no futebol. Somos favoráveis a uma completa apuração das denúncias relacionadas à manipulação de resultados.
Defendemos que os culpados sejam responsabilizados, mas que também não aconteçam julgamentos precipitados ou injustiças.”
Apesar das autoridades não terem divulgado os nomes, inicialmente, o Red Bull Bragantino e Sport publicaram nota reconhecendo que os dois clubes têm jogadores envolvidos que defendem os times atualmente (um jogador em cada).
Além disso, foi divulgado pela promotoria o estado em que cada jogador estava durante a busca e apreensão: dois jogadores em São Paulo; dois no Rio Grande do Sul; dois em Pernambuco; dois em Santa Catarina; e um em Goiás.
Até o momento, os nomes de outros quatro jogadores investigados já foram revelados. São eles: Victor Ramos, ex-Palmeiras, Vasco e Vitória, e atualmente zagueiro na Chapecoense; Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport Recife; Kevin Lomonaco️️️, do Red Bull Bragantino; e Gabriel Tota, do Esporte Clube Juventude.
O MP investiga o resultado de 11 partidas, sendo seis da Série A 2022 e cinco de campeonatos estaduais de 2023.
“A investigação se centra no crime de organização criminosa, bem como em crimes de corrupção no âmbito desportivo previstos no estatuto do torcedor. Jogador envolvido que solicita ou aceita vantagem indevida para promover qualquer alteração de evento, não só resultado, tanto ele pode responder quanto quem alicia.
Essa pessoa que dá ou promete vantagem pode responder por um crime com pena de dois a seis anos de prisão.
O jogador, quem solicita ou aceita vantagem, também responde. Não se descartando avançarmos para crime de lavagem de dinheiro ou outros crimes a serem identificados”, detalhou o promotor Fernando Cesconetto.