“Esse é um grande avanço, pois eliminar os focos do mosquito é, comprovadamente, a forma mais eficaz de se combater o Aedes aegypti”, avalia a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Magna Maria Carvalho. A gerente acentua que a redução do índice de infestação deve resultar, a médio e longo prazo, na redução do número de casos das doenças transmitidas pelo vetor. “Por enquanto, já percebemos que em Goiás o aumento do número de casos foi em percentual bem abaixo que a média nacional. Enquanto no Brasil esse aumento foi em mais de 50%, aqui, foi de 18,85%”, compara. De acordo com Magna, um dos fatores que causou o registro de aumento de casos de dengue é a notificação de outras doenças transmitidas pelo Aedes – em especial zika e chikungunyua - como dengue. “Há ainda a circulação simultânea de todos os sorotipos de dengue e o avanço da doença em todo o País. Obviamente Goiás não está em uma situação pior por causa da mobilização do Goiás contra o Aedes, visitando, mensalmente, todos os domicílios goianos para eliminar os focos”, avalia. Os registros do Boletim Semanal de Dengue mostram que Goiânia continua sendo o município do Estado com maior número de casos (23.493), seguido por Anápolis (6.027) e Aparecida de Goiânia (5.016). Neste ano, foram isolados, até agora, os sorotipos 1, 2 e 4 da doença. A SES-GO está investigando 30 mortes por suspeita de dengue notificadas neste ano. Até o momento, nenhuma foi confirmada por exame laboratorial.
www.saude.go.gov.br