14/07/2023 às 19h43min - Atualizada em 15/07/2023 às 09h48min

Mundial: Fernanda Yara é ouro e Brasil sobe ao pódio outras 6 vezes

A velocista (foto) venceu a prova dos 400m T47, com direito a dobradinha: Maria Clara Augusto foi bronze. País levou ainda duas pratas e três bronzes na competição paralímpica, em Paris.

Agencia Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2023-07/mundial-fernanda-yara-e-ouro-e-brasil-sobe-ao-podio-outras-6-vezes




A delegação brasileira garantiu mais sete pódios (um ouro, duas pratas e quatro bronzes) nesta sexta-feira (14) no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), e empatou com a líder China, ao totalizar 31 medalhas. O Brasil segue em segundo lugar, pois soma menos ouros e pratas que o país asiático.  O Mundial, primeira competição da modalidade após os Jogos de Tóquio, em 2021, termina na próxima segunda (17). O país conta com  54 atletas e 11 guias em Paris.






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A velocista paraense Fernanda Yara, de 46 anos, faturou o único ouro do dia – e a primeira medalha dela em mundiais - na prova dos 400m da classe T47 (atletas  amputadas de braço).  A paraense completou a distância em 57s30, seu melhor índice na temporada. O pódio teve dobradinha brasileira: a potiguar Maria Clara Augusto, de 19 anos - caçula da equipe feminina e estreante em Mundiais -  chegou em terceiro, com o tempo de 58s49 e ficou com o bronze.  A chinesa Lu Li (58s13) assegurou a prata.



“Estou no Movimento Paralímpico desde 2008, mas tive muitas dificuldades no começo. Antes de me tornar velocista, era corredora de rua. Mudei de cidade. Mas, depois que comecei a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico, tive acesso àquela estrutura que me faz melhorar a cada dia mais", afirmou Fernanda Yara, velocista com má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo, em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira (CPB).






Quem também debutou em grande estilo em Mundiais nesta sexta (14) foi a piauiense  Antônia Keyla, de 28 anos, que faturou a prata na prova dos 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual) e cravou o novo recorde das Américas com o tempo de 4min30s75. O índice anterior (4min28s66) era da norte-americana Kaitlin Bounds, obtido em 2017.  O ouro ficou com a polonesa Barbara Bieganowska (4min28s66) e o bronze com a ucraniana Liudmyla Danylina (4min23s93).



“Não tem explicação. Demorei a chegar aqui. Essa medalha de prata é muito importante para mim, é a realização de um sonho. Por vários momentos da minha vida, pensei em parar. Mas eu continuei e hoje fui premiada por isso", comemorou  Keyla, nascida na cidade de Água Branca (PI).






Também estreante na competição mundial, a amapaense Wanna Brito, de 27 anos, garantiu a prata com a marca de 6,80 m no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais). A vencedora foi a ucraniana Anastasiia Moskalenko (7,50m) e a australianaRosemary Little (6,33) ficou em terceiro lugar.  



"Essa medalha representa muito trabalho, suor, luta, treino. E muito choro. Não foi fácil, foi muito difícil conseguir essa medalha. Agradeço aos meus técnicos, ao CPB, e à equipe toda", disse a atleta nascida em Macapá.






Nas provas de pista hoje foram três bronzes. O paranaense José Alexandre Martins, de 19 anos, chegou em terceiro lugar nos 400m T47 (amputados de braço), ao cruzar a linha de chagada em 49s00. O ouro ficou com o marroquino Ayoub Sadni (46s78) e a prata com o norte-americano Tanner Wright (48s95).



Também nos 400m, mas na classe T37 (paralisados cerebrais), quem levou o bronze foi o maranhense Bartolomeu Silva, de 22 anos, como tempo de 53,94.  O ucraniano Yaroslav Okapinskyi (52s23) chegou em primeiro lugar e em segundo ficou o polonês Michal Kotkowsi (52s62).






O último brasileiro a subir ao pódio hoje foi Ariosvaldo Fernandes,  também conhecido como Parré, terceiro colocado na  prova dos 100m da classe T53 (atletas que competem em cadeiras de rodas). O paraibano de 46 anos completou a distância em 14s91. O ouro ficou com o tailandês  Pongsakorn Paeyo (14s51), de 26 anos, e a prata com o saudita saudita Adbulrahman Alqurashi (14s84), de 25 anos.



"Final é final. Tive um pequeno erro no percurso da prova e isso me custou a medalha de prata. Sabia que iria ser uma prova muito complicada. Mas estou feliz pelo bronze, que tem um gostinho de ouro. É um trabalho e um esforço muito grande para estar aqui. Agora vamos nos dedicar para voltar ano que vem em Paris", afirmou.






Programação de brasileiros no Mundial neste sábado (15)



4h08 / 9h08  - Lançamento de disco F11 (final)

Alessandro Silva



4h50 – 200m T11 (round 1)

Jerusa Geber 



5h20 – 200m T11 (round 1)

Thalita Simplício 



5h04 / 10h04 – Salto em distância T37 (final)

Matheus Evangelista



5h50 / 10h50 – 100m T12 (semifinais)

Lorraine Aguiar



6h06 / 11h06 – 100m T36 (final)

Rodrigo Parreira



14h15 / 19h15 – 200m T36 (final)

Samira Brito 



14h45 / 19h45 – 400m T20 (final)

Samuel Conceição 

Daniel Martins 



15h45 / 20h45 – 100m T12 (final)

Lorraine Aguiar - se avançar



16h05 ou 16h15 / 21h05 ou 21h15 – 100m T35 (round 1)

Fábio Bordignon




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2023-07/mundial-fernanda-yara-e-ouro-e-brasil-sobe-ao-podio-outras-6-vezes
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