31/07/2023 às 17h17min - Atualizada em 31/07/2023 às 17h17min
Central de Decorados da Euro Incorporações recebe sarau literário de crônicas do livro “A menina que não abracei”, de Ana Cláudia Rocha
Em nova fase de carreira, a jornalista Ana Cláudia Rocha lançou o livro de crônicas “A menina que eu não abracei” (Editora Kelps, 296 páginas) e realiza um sarau literário para convidados na Central de Decorados da Euro Incorporações, na quinta, 3 de agosto. A atriz Adryele Muriel, dirigida por Luzia Mello, da Casa do Teatro, irá interpretar algumas crônicas da obra, escritas a partir de memórias, reflexões e cenas do cotidiano presenciadas pela autora. O evento para convidados, também contará com um pocket show da cantora e compositora Maduli.
“Escrever Liberta”, título de uma das crônicas, resume a motivação do livro. A escritora, que já reunia alguns textos, dedicou-se à escrita nos últimos anos, tempos em que a pandemia provocou medo. “Escrevendo eu me libertava e me curava de tantos males”, afirma Ana Cláudia Rocha.
A ideia de escrever um livro de crônicas era antiga e ganhou força quando a autora presenciou uma discussão entre mãe e filha, cena que nunca esqueceu. A vontade de acolher e abraçar a garota fez surgir o título do livro bem antes de ele ser escrito.
As primeiras crônicas escritas com o propósito de serem publicadas foram, inicialmente, postadas em redes sociais, dentro do projeto QuintAna, assinado pela autora em suas páginas. Às crônicas postadas ela juntou outras que estavam guardadas. O livro traz também textos inéditos, em crônicas nunca publicadas.
“As crônicas foram o primeiro passo no sentido da libertação de um tempo ameaçador, uma marca no recomeço de uma nova carreira”, informa Ana Cláudia Rocha, formada em Jornalismo pela UFG e com 33 anos de atuação na redação do jornal O Popular, onde foi repórter, subeditora, editora substituta e colunista. Escreveu também em revistas e jornais empresariais, além de trabalhar como assessora de comunicação.
O livro “A Menina Que Eu Não Abracei” é sua estreia na literatura e revela o despertar da jornalista para a escritora que havia escondido em seus textos durante décadas. Atua também como revisora, redatora e organizadora de livros. Tem textos publicados em coletâneas como os livros “Campininha das Flores”, “Histórias de Ternura” e “Memórias de Rocha - Vida e Obra de Benedito Odilon Rocha”. Filha dos corumbaenses Benedito Odilon Rocha e Ana Vale Rocha, mantém forte ligação com Corumbá de Goiás, onde nasceram alguns de seus oito irmãos. Há um ano, tomou posse na Academia Corumbaense de Ciências, Letras, Artes e Música, ocupando a cadeira nº 4, cujo patrono é seu pai.
Ao escrever, a autora revive memórias e reflete sobre sua existência. Com seus textos, faz aflorar emoções também em seus leitores ao expor seus sentimentos. O livro é dividido em seis capítulos temáticos, que falam de experiências com a família, a natureza, a pandemia, o amor, os amigos, a memória. Textos que tanto derramam lágrimas quanto sorrisos, angústias e encantamento.
Goianiense, Ana Cláudia Rocha ainda na infância iniciou-se no Jornalismo, dirigindo informativo da escola onde estudava, o Instituto Santo Tomás de Aquino. Aos 10 anos de idade, como repórter na escola, fez entrevistas com personalidades como os escritores Cora Coralina e Miguel Jorge. Chegou a trabalhar como redatora em agência de publicidade, mas foi no Jornalismo que ela fez carreira.
FOTO: Raylane Abreu