08/08/2023 às 09h07min - Atualizada em 08/08/2023 às 09h07min
Governo de Goiás apresenta nova proposta de eletrificação da frota do Eixo Anhanguera
Projeto prevê criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). Modernização contempla aquisição inicial de 65 ônibus elétricos que passarão a operar a partir do início de 2024
O projeto de modernização do Eixo Anhanguera – principal corredor de mobilidade urbana da região Metropolitana de Goiânia – foi readequado para atender aos anseios da população. A nova proposta de eletrificação da frota e de modernização dos equipamentos que compõem o Eixo (plataformas e terminais) foi apresentada pelo secretário-geral de Governo e presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), Adriano da Rocha Lima, na manhã desta segunda-feira (07/08). “Teremos um Eixo totalmente reformulado, com a qualidade que o cidadão merece, diminuindo a superlotação dos ônibus, garantindo terminais modernos com rede wi-fi gratuita e ônibus climatizados, com sinal de internet. Um outro padrão de qualidade que vai ser oferecido ao cidadão goiano”, declarou Rocha Lima.
Para garantir a modernização do Eixo Anhanguera, está prevista a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), formada pelas cinco empresas participantes da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC), incluindo a Metrobus, que irá adquirir 65 ônibus elétricos novos, por meio da compra consorciada. Além disso, serão reformados os terminais Padre Pelágio, Dergo, Praça A, Praça da Bíblia, Novo Mundo e Senador Canedo, bem como todas as plataformas e pontos de embarque atendidos pelo Eixo.
Uma SPE é uma sociedade empresária cuja atividade é bastante restrita, normalmente utilizada para isolar o risco financeiro à atividade desenvolvida. Ela será a responsável por adquirir e manter a frota eletrificada do Eixo Anhanguera, bem como a frota de todo o sistema, devendo, ainda, ser responsável pelos investimentos nas obras de infraestrutura do corredor Anhanguera. O valor do investimento por parte do setor público será de, aproximadamente, R$ 400 milhões, valor este a ser pago por meio do subsídio do transporte, diluídos no novo contrato, ao longo dos anos, sem mudança na tarifa ao usuário, que permanecerá no valor atual de R$ 4,30.
“Acabamos de fechar um acordo com o consórcio formado por cinco empresas, incluindo uma estatal que é a Metrobus, que irá fazer a aquisição dos ônibus elétricos, por meio do contrato de concessão. Ao mesmo tempo, iremos reformar todos os terminais e plataformas do Eixo Anhanguera e suas extensões. Então, estamos contratando de imediato 65 ônibus elétricos que começarão a chegar no início do ano que vem. E a reforma de todos os terminais está prevista para até final de 2024”, adiantou o secretário-geral de Governo.
Eletrificação da frota Os novos ônibus elétricos serão do tipo articulado, com 21 metros de comprimento e autonomia de 250 quilômetros. Inicialmente, estes ônibus serão alocados para o trecho original do Eixo Anhanguera com pouco mais de 13 quilômetros de extensão e que corta toda a capital. Os demais veículos operados pelas concessionárias privadas em sua extensão não serão substituídos neste primeiro momento. As instalações da Metrobus serão totalmente reformadas para acomodar a infraestrutura necessária para recarregar os veículos.
O Eixo Anhanguera é a espinha dorsal da rede de transporte coletivo metropolitana. Este corredor estratégico corta Goiânia de leste a oeste, conectando fisicamente 15 dos 19 municípios que compõem a região Metropolitana de Goiânia. Por meio de suas extensões e de quase 100 linhas alimentadoras, o Eixo Anhanguera atende todas as áreas destas cidades, e já chegou a transportar mais de 150 mil usuários por dia.
“A região Metropolitana de Goiânia é formada por 19 municípios, onde o Estado assume a conta de 16 municípios; somando esforços financeiros com Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Goiânia, compondo a governança do sistema do transporte coletivo. É a partir desta parceria que estamos reformulando as mudanças no transporte coletivo da região metropolitana”, finaliza Adriano da Rocha Lima.