28/08/2023 às 10h47min - Atualizada em 28/08/2023 às 10h47min
Com supervisão da Agrodefesa, Mundo Novo busca reconhecimento para exportar melancia
Atualmente 16 municípios goianos estão aptos a exportar a fruta; Goiás ocupa a terceira posição nacional entre os maiores produtores e é o oitavo em exportação
O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), realizou supervisão em uma propriedade rural de Mundo Novo com o objetivo de auditar o cumprimento do levantamento fitossanitário da praga Anastrepha grandis em cultivo de melancia. O foco é obter o reconhecimento do município no combate à praga e com isso possibilitar a exportação da fruta.
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, ressalta que, para o reconhecimento de novos municípios no Sistema de Mitigação de Risco (SMR), o produtor interessado deve realizar levantamentos fitossanitários por período mínimo e ininterrupto de seis meses, devidamente acompanhado por um Responsável Técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Após os seis meses, a Agência elabora um projeto com os dados obtidos e encaminha ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que possui a decisão final.
Atualmente, o estado de Goiás possui o reconhecimento oficial de 16 municípios aptos à exportação - Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Uruana, Rio Verde, Maurilândia, Santa Helena de Goiás, Cristalina, Ipameri, Goianésia, São Miguel do Araguaia, Edealina, Luziânia, Nova Crixás, Rubiataba e Porangatu. Neste ano de 2023, além de Mundo Novo, o município de Jussara está em fase de reconhecimento.
Importância Goiás é o terceiro maior produtor de melancia do País – atrás de Rio Grande do Norte e São Paulo - e o oitavo em exportação da fruta, de acordo com dados da Radiografia do Agro em Goiás, publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Por ano, são produzidas mais de 227 mil toneladas no estado, em uma área de quase 5,5 mil hectares. Em relação à exportação, Goiás registrou quase 2,3 mil toneladas em 2021, segundo dados do Agrostat, do Mapa, com volume de US$ 108,1 mil.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o trabalho de fitossanidade resulta em maior produção e produtividade em campo, além de competitividade para a fruticultura goiana e qualidade do produto que chega à população. “Quando adotamos as medidas e os controles corretos, conseguimos evitar a proliferação de pragas e doenças que podem prejudicar as lavouras e causar prejuízos econômicos para produtores e municípios. Com isso, produzimos frutas de qualidade para consumo interno e exportação”, enfatiza.