Alvo de diferentes investigações, o tenente-coronel está preso desde o início de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação contra a covid-19 e inserir informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde, beneficiando seus parentes e o ex-presidente.
O hacker também é acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, falsos alvará de soltura e uma ordem de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ao depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, no último dia 17, Delgatti afirmou que invadiu o sistema do CNJ para desmoralizar o Poder Judiciário. O hacker disse ter agido a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de quem ele afirma ter recebido R$ 40 mil. Zambelli nega as acusações.
Delgatti também assegura que se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para discutir a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas, com o propósito de fraudar o código-fonte. Segundo o hacker, Mauro Cid teria presenciado sua conversa com o ex-presidente.
O ex-ajudante de ordens começou a depor à PF sobre as afirmações de Delgatti na última sexta-feira, mas a oitiva foi interrompida.