Apesar de estar em queda, tendo recuado de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022 da população do país, o analfabetismo, infelizmente, ainda atinge os brasileiros, principalmente os mais velhos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, do IBGE, até no ano passado eram 9,6 milhões de pessoas que não sabiam ler e escrever, sendo que 54,2% dos analfabetos brasileiros (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais. O estudo também apontou como principal motivo para o abandono escolar, a necessidade de trabalhar.
Mas outros números, desta vez da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2021, trazem uma boa notícia, a significativa redução do analfabetismo num segmento profissional que historicamente sofre com o problema: o dos trabalhadores da Construção Civil, que nos último anos tem se destacado na redução do seu percentual de pessoas analfabetas ou com baixa escolaridade. Conforme os dados da Rais de 2021, apenas 0,59% dos profissionais formais atuantes no setor da Construção vivem nessa condição. Ou seja, cerca de 13 mil trabalhadores de um universo de mais de 2,3 milhões. O número é 34% menor do que o verificado na Rais 2015 (0,71%).
A grande redução do analfabetismo entre os trabalhadores da Construção Civil tem uma importante contribuição de iniciativas como as que são desenvolvidas pelo Grupo MRV&CO, um dos maiores no setor na América Latina. Criado pela empresa no ano de 2011, o projeto Escola Nota 10 leva aulas de alfabetização e do Ensino Fundamental aos canteiros de obras em todas as cidades brasileiras em que atua. Num período de pouco mais de dez anos já são mais de 4.800 trabalhadores alfabetizados.
Só em 2022, a companhia criou 34 escolas próprias que oferecem aulas de ensino básico e fundamental de forma gratuita, liberando os colaboradores participantes 1h30 antes do fim do expediente. O diretor executivo de relações institucionais e sustentabilidade do Grupo MRV&CO, Raphael Lafetá, explica que a adesão ao projeto por parte do colaborador é espontânea, mas ainda sim os resultados são surpreendentes. “A MRV instituiu a meta de ter 100% dos trabalhadores nos canteiros de obras alfabetizados. No último ano foram 299 alunos alfabetizados em 34 escolas implantadas, com investimento de R$ 550 mil”, conta Lafetá.
O projeto desenvolvido pela MRV tem mudado a vida de milhares de pessoas, como por exemplo a do carpinteiro Edmilson Xavier de Brito, de 55 anos, que trabalha em um dos empreendimentos imobiliários da empresa, que estão em construção na cidade de Anápolis, interior de Goiás. Até o início deste ano, Edmilson conta que não sabia ler e nem escrever e que foi estimulado a procurar o projeto Escola Nota 10 pelo desejo de tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Nascido na zona rural do Maranhão, o trabalhador conta que as dificuldades da vida humilde no campo o impediram de estudar quando criança. Hoje, ele diz que se sente muito alegre e orgulhoso por saber escrever o próprio nome e até ler diversas frases.
“Eu comecei a ajudar meus pais na roça antes mesmo dos 10 anos de idade. Era o mais velho de seis irmãos e precisava ajudar em casa. Como meu pai e minha mãe também eram analfabetos, eles não entendiam, naquela época, a importância de estudar desde cedo. Hoje, minha mãe tem 67 anos e também estuda. Ela é um exemplo para mim”, relata o carpinteiro que saiu da roça em 2006 para trabalhar na construção civil.
Motivo de orgulho Edmilson é um dos mais de 20 profissionais que passaram pelo projeto Escola Nota 10 da MRV em Goiás e agora que aprendeu a escrever e a ler. “Estou muito feliz por estar aprendendo bastante, logo vou fazer a prova do Encceja e, no início de 2024, vou iniciar o processo da minha habilitação. Mas não vou parar. Pretendo continuar estudando mais para ter mais crescimento na profissão também”, afirmou.
A professora Lorenna Tavares, que integra o projeto Escola Nota 10 e atualmente é a responsável pelas aulas oferecidas pela MRV aos trabalhadores em Anápolis, informa que atualmente a empresa está com vagas abertas para outros colaboradores participarem de novas turmas. De acordo com a profissional, “o projeto tem uma grande importância para os trabalhadores, pois abre muito a visão deles para a vida profissional e para o crescimento”. Ela lembra que um diferencial desse projeto que a fez interessar em participar dele, é o fato de a empresa beneficiar o profissional com o tempo de estudo, durante o expediente, sem descontos, pois evita que haja desistência.
No projeto Escola Nota 10 cada aluno cumpre uma série, de acordo com seu nível escolar, e recebe as instruções de acordo com suas respectivas necessidades, com adequação, inclusive, dos métodos de ensino com foco na leitura, escrita e matemática, englobando disciplinas do currículo nacional da alfabetização até ao Ensino Médio. O projeto oferece formação inicial continuada e prepara os alunos para realizar a prova do Encceja - exame aplicado pelo governo, que possibilita a concessão de diploma do Ensino Fundamental e Médio a jovens e adultos que não cursaram o período regular nas escolas.
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