11/09/2023 às 14h48min - Atualizada em 15/09/2023 às 00h02min

Protesto toma conta de Israel antes de decisão sobre reforma judicial

Na terça-feira, os 15 juízes da Suprema Corte se reúnem, pela primeira vez na história do país, em audiência sobre um recurso contra a emenda judicial aprovada pela coalizão do governo em julho.

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Centenas de manifestantes antigoverno aos gritos de "Democracia" e agitando bandeiras nacionais fizeram um protesto em frente à casa do ministro da Justiça de Israel nesta segunda-feira, antes de uma audiência na Suprema Corte sobre uma proposta da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para restringir os poderes judiciais da Casa.



A polícia arrastou alguns manifestantes em meio a empurrões e brigas, tendo como pano de fundo o barulho de buzinas de carros. Os manifestantes também bloquearam o carro do Ministro da Justiça Yariv Levin, um dos principais formuladores do plano de reforma do judiciário.



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A polícia disse ter detido seis pessoas.



Na terça-feira (12), toda a bancada de 15 juízes da Suprema Corte se reunirá pela primeira vez na história de Israel em uma audiência sobre um recurso contra a emenda judicial aprovada pela coalizão do governo em julho.



Críticos da reforma afirmam que ela prejudica a independência do tribunal, abre as portas para a corrupção e enfraquece a democracia, enquanto partidários políticos de Netanyahu afirmam que ela impedirá que o judiciário extrapole seus poderes.



As tentativas de se chegar a um acordo sobre o plano entre Netanyahu e seus oponentes foram infrutíferas até o momento, aumentando os temores de que a crise só se aprofunde.



Apesar da retórica exacerbada, uma decisão da Suprema Corte poderá ser tomada ainda apenas em janeiro, dando tempo para que as partes cheguem a um acordo sobre as mudanças, concedendo um possível alívio após meses de protestos e sinalizando estabilidade para os mercados.



As brigas desta segunda-feira (11) começaram quando a polícia tentou controlar as multidões que se reuniam do lado de fora da casa de Levin.



Os recorrentes na audiência de terça-feira -- parlamentares da oposição e grupos civis -- afirmam que a emenda elimina controles e equilíbrios democráticos vitais e convida a abusos de poder. Eles também argumentam que o processo legislativo apressado em si foi falho.



Em sua resposta jurídica às petições, o governo afirmou que a Suprema Corte não tem autoridade nem mesmo para analisar a chamada emenda de "razoabilidade" a uma Lei Básica quase constitucional e disse que o debate poderá "levar à anarquia".



O protesto também se infiltrou nas forças armadas, com alguns reservistas dizendo que não se apresentariam para o serviço voluntário, o que levou alguns chefes militares a advertir que a prontidão de Israel para a guerra poderia entrar em risco se o descontentamento se espalhasse.



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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-09/protesto-toma-conta-de-israel-antes-de-decisao-sobre-reforma-judicial
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