Tuvalu é um pequeno país da Oceania, com área total de 26 km². A pequenez territorial da nação surpreende, mas não tanto quanto a previsão realizada pela NASA em 2023. O estudo revelou que grande parte do território tuvaluano ficará abaixo do nível da maré alta até 2050, devido à iminência das mudanças climáticas. O sentimento de urgência toma conta do governo local, a ponto de o projeto Te Ataeao Nei, do tuvaluano - e Futuro Agora em tradução livre - elaborar uma réplica virtual do país para preservar, do melhor modo possível, a beleza e a cultura da nação.
Pensar nas condições climáticas de 25 anos à frente pode parecer algo distante, mas a verdade é que esse tempo para a Terra é apenas um suspiro. Ações ambientais em todas as partes do mundo, por menores que possam aparentar, têm o poder de amenizar as consequências das mudanças climáticas. Este foi o objetivo da Virada Ambiental 2024, um evento promovido pela Universidade Federal de Goiás /(UFG), por meio da Escola de Engenharia Civil e Ambiental em parceria com os municípios do Estado.
A 6° edição do evento foi realizada em novembro em parceria com a prefeitura de Abadia de Goiás e a Localiza Urbanismo, com participação especial das crianças da Escola Municipal Vital Luiz da Costa. O objetivo foi reflorestar a nascente de um afluente do Córrego do Mota, que deságua no Rio Ribeirão Dourado, que fica junto ao parque do lago do Reserva do Bosque, em Abadia de Goiás.
Com 63 mil metros quadrados, o parque é o primeiro urbanizado da cidade e fica dentro do bairro planejado Reserva do Bosque, que está sendo desenvolvido pela Localiza Urbanismo. Comprometida com a urbanização sustentável, a empresa é uma parceira do poder público nesta tarefa. “Cuidar do pulmão verde que mantém nossas nascentes não é apenas uma preocupação urbanística, é também uma preocupação com qualidade de vida para se ter num mundo que é nosso”, diz Danilo.
Divino Alves, Secretário de Indústria, Comércio e Meio Ambiente de Abadia de Goiás, explica que o município providenciou mudas de espécies nativas para plantar no entorno da nascente com a participação das crianças, como Ipês amarelos, roxo e rosa, Maria-pobre, Jenipapo, Pindaíva, Aroeirinha e muitas outras. “Essas mudas são próprias para o reflorestamento da nascente, pois temos as de bom enraizamento para ajudar a conter erosões e ainda espécies de sombreamento para atrair a fauna típica da região”, explica. Já a Localiza Urbanismo ficará responsável pela manutenção das mudas.
O professor Lucas, da Escola Municipal Vital Luiz da Costa, considera que a participação das crianças nessa ação ambiental é construtiva no processo de educação. “É muito importante trazer os alunos aqui para fazer uma complementação daquilo que foi visto dentro de sala de aula. Estamos trazendo os alunos para viverem na prática tudo aquilo que eles aprenderam sobre a importância do meio ambiente e da natureza nas nossas vidas”, diz o professor.
No evento, as turmas apresentaram maquetes elaboradas antes da visita, representando um ambiente voltado para a produção de energia através do uso de hidrelétricas. A professora Fabiana Oliveira, que compõe o corpo docente da escola, explica que tiveram trabalhos retratando as diferentes formas que pode-se testemunhar o meio ambiente a partir do cuidado da natureza: o ambiente degradado, em reflorestamento e, depois, preservado, estudadas nas disciplinas de ciências e geografia.
Danilo Tavares salientou a importância de trazer as crianças para este projeto. “A preocupação com as questões ambientais deve fazer parte do presente e do futuro das crianças de Abadia e do país, não só trazendo desenvolvimento urbano, mas também trazendo a conscientização de todos”, considerou.