Balanço anterior indicava que 70 pessoas tinham morrido durante o ataque.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, no entanto, com sede em Londres, elevou o número de mortos para 123, incluindo 54 civis, de acordo com comunicado divulgado em seu portal na internet.
Os funerais das vítimas do ataque, cuja responsabilidade ainda não foi reivindicada, começaram hoje, com a presença do ministro da Defesa sírio, Ali Mahmoud Abbas.
As autoridades sírias declararam três dias de luto pela morte dos civis e dos soldados.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio lamentou que o ataque seja mais um exemplo da "abordagem terrorista brutal e sangrenta" sofrida pela população há anos.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou profunda preocupação com o que classificou de "bombardeios de retaliação" em diferentes partes da Síria, como esse que ocorreu em Homs.
O governo sírio tem o controle total de Homs desde 2014, quando os insurgentes se retiraram do centro respaldados por um acordo de trégua mediado pela ONU, uma vez que a cidade havia se tornado um reduto rebelde após os protestos populares de 2011.
No momento em que o governo sírio recupera gradualmente o controle de partes do país ainda nas mãos da oposição e quando grupos antigovernamentais se envolvem em confrontos sangrentos entre si, o ataque de quinta-feira é considerado enorme revés para o governo do presidente Bashar al-Assad, que volta à cena internacional após suspensão do veto de vários países.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota de pesar na noite de ontem.
"Ao expressar suas condolências aos familiares das vítimas e sua solidariedade ao povo e ao governo da Síria, o Brasil reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo."
*Com informações da Lusa
Matéria ampliada às 15h41