Eles foram conduzidos em vans e ônibus de 11 cidades diferentes da Cisjordânia até a cidade de Jericó. De lá, todos cruzaram a fronteira em um ônibus fretado pelo governo brasileiro até Amã, a capital da Jordânia, em um deslocamento de pouco mais de uma hora.
Os brasileiros já embarcaram no Aeroporto Internacional Queen Alia, em Amã, em uma aeronave cedida pela Presidência da República, e devem pousar na Base Aérea de Brasília às 5h30 desta quinta-feira (2). Já no território nacional, eles seguirão para cinco capitais – São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba –, além de Foz do Iguaçu (PR).
Com isso, o total de brasileiros repatriados da região do conflito chega a 1.446. Foram oito voos patrocinados pelo governo brasileiro.
>> Clique aqui e acompanhe a cobertura da Agência Brasil, sobre o Conflito no Oriente Médio
Outro grupo, de 34 brasileiros e familiares, ainda aguarda para deixar a Faixa de Gaza. Eles estão no Sul do enclave, nas cidades de Khan Yunis e Rafah, próximos à fronteira com o Egito.
Nesta quarta-feira (1), a fronteira foi aberta pela primeira vez desde o início do conflito para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450 estrangeiros.
“Novas listas serão publicadas em breve e nossos brasileiros devem estar nelas”, afirmou o embaixador Candeas.
O território da Palestina reconhecido internacionalmente é formado pela Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, e pela Cisjordânia, controlada parcialmente pela Autoridade Palestina, entidade essa que, ao contrário do Hamas, é reconhecida por Israel e pela maior parte da comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino.
Desde o início das atuais hostilidades na Faixa de Gaza, há 26 dias, a violência na Cisjordânia cresceu com uma série de assassinatos e confrontos entre palestinos, forças de segurança israelenses e da Autoridade Palestina e ataques de colonos contra palestinos. Os colonos são os israelenses que vivem em assentamentos dentro da Cisjordânia.
Do dia 7 de outubro até esta terça-feira (31), foram registrados 123 assassinatos de palestinos na Cisjordânia, incluindo 34 crianças. Outros 2.206 ficaram feridos. Do lado israelense, foi registrada a morte de 1 soldado e outros 13 feridos.
*Matéria atualizada às 11h27 para correção do número de brasileiros no voo