A Suécia superou o último obstáculo para adesão à Otan na segunda-feira (26), depois que o Parlamento da Hungria aprovou a adesão do país nórdico, tradicionalmente neutro.
"Monitoraremos de perto o que a Suécia fará no agressivo bloco militar, como realizará sua adesão na prática (...) com base nisso, construiremos nossa resposta com medidas retaliatórias de natureza técnico-militar e outras", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"A adesão da Suécia à Otan é acompanhada pelo contínuo aumento da histeria contra a Rússia no país, que, infelizmente, é incentivada pela liderança política e militar sueca, mas sua principal fonte está no exterior. Não são os próprios suecos que estão fazendo a escolha; essa escolha foi feita para os suecos", afirmou ela.
O movimento da Suécia para aderir à Otan estava alimentando as tensões e a militarização, acrescentou.
A embaixada da Rússia em Estocolmo também falou de contramedidas militares e técnicas não especificadas em sua conta do Telegram na terça-feira (27), dependendo da extensão das tropas da Otan e dos destacamentos de material dentro da Suécia.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse que os comentários da Rússia não foram surpreendentes.
"Isso foi o que eles disseram quando a Finlândia aderiu à Otan, também", declarou Kristersson, segundo a agência de notícias TT, na quarta-feira, durante uma viagem à cidade de Trollhatten, no Sul da Suécia.
"É bem sabido que a Rússia não gosta do fato de a Suécia ou a Finlândia serem membros da Otan, mas nós tomamos nossas próprias decisões.".
Ele disse que a Suécia estava "alerta" para enfrentar qualquer resposta da Rússia.
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