Ex-secretário de Rubiataba é suspeito de reformar casa com dinheiro de madeira doada

Servidor também teria reformado caminhão. Casa dele e sede da prefeitura da cidade são alvos de mandados de busca e apreensão. O ex-secretário de transportes de Rubiataba, Vitor Vinício de Sousa, o “Vitinho da Prefeitura”, é suspeito de reformar a própria casa e um caminhão com dinheiro obtido irregularmente com a venda de carga de madeira doada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao município. A casa dele e a sede da prefeitura da cidade foram alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (3). Foi depois de uma denúncia anônima que a Policia Civil descobriu que uma carga de 28.888 metros cúbicos de Madeira de Lei apreendida pelo Ibama em Uruaçu, e doada no último dia 19 de fevereiro à Prefeitura de Rubiataba, estava sendo comercializada em uma madeireira da cidade. Os policiais conseguiram recuperar uma pequena parte do carregamento e descobriram que ela teria sido entregue à madeireira pelo então secretário de transportes do município. Assim que as investigações começaram, ele foi exonerado do cargo. Durante as apurações, que duraram três meses, os agentes descobriram que após a venda da madeira, o proprietário da madeireira, que também é servidor da prefeitura, repassou diversos produtos e até dinheiro em espécie para Vitinho, que, coincidentemente, neste período, fez uma reforma completa em sua casa. Parte da madeira desviada também, ainda de acordo com as investigações, foi usada para reformar a carroceria de um caminhão que não pertence à prefeitura. Além de estar sendo investigado por peculato, Vitinho também foi proibido pela Justiça de se aproximar dos locais relacionados aos fatos investigados, bem como das dependências da Secretaria de Transportes. Ele também não poderá exercer função pública e teve R$ 100 mil em bens bloqueados. A reportagem do Mais Goiás ainda não conseguiu contato com Vitor Vinício de Souza, nem com a Prefeitura de Rubiataba, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar. Fonte: Mais Goiás