18/06/2022 às 23h33min - Atualizada em 19/06/2022 às 00h00min

Feira no Rio comemora o Dia Mundial dos Refugiados e celebra raízes de quem buscou o Brasil como casa

Evento reuniu refugiados de vários países, como Congo, Síria e Colômbia; e não faltou gastronomia típica dessas regiões.

G1 Brasil
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/06/18/feira-no-rio-comemora-o-dia-mundial-dos-refugiados-e-celebra-raizes-de-quem-buscou-o-brasil-como-casa.ghtml
Evento reuniu refugiados de vários países, como Congo, Síria e Colômbia; e não faltou gastronomia típica dessas regiões. Dia Mundial dos Refugiados
No Rio, uma feira antecipou as comemorações do Dia Mundial dos Refugiados, que será celebrado na próxima semana.
“Eu sou Keto Kabungo, da República Democrática do Congo. Sou artista plástico. Saí do Congo por causa dos conflitos, das guerras."

Somar Ibrahem veio da Síria, outro país em guerra. “A palavra paz para mim significa você falar comigo, eu falar contigo. Você ter a sua liberdade e eu tenho a minha, você não mexe comigo e eu não mexo contigo. Isso é paz, entendeu? Cada um respeitar seu ponto, cada um respeitar a opinião dos outros, já é paz”, opina o refugiado.
A artista plástica Ninbe Forero foi ameaçada de morte na Colômbia por paramilitares porque participava de um projeto social que tentava afastar os jovens do tráfico de drogas.
“Quando decidimos sair foi porque a pessoa mais perto de nós estava dentro do trabalho e foi morta de maneira violenta”, conta.
Mariama Bah saiu da Gâmbia para encontrar a liberdade. Aos 13 anos, ela foi obrigada pela família a casar com um tio.
“Hoje eu estou muito sorridente, mas é um desafio de luta diária, para gente chegar onde a gente quer. Se a gente conseguisse ser visto como seres de potência, não sempre no lugar de vítima, eu acredito que tem muitas potências para transformar nossas vidas”, diz.
Refugiados são aquelas pessoas que tiveram que sair dos seus países por sofrerem graves violações aos direitos humanos. Gente que vivia em regiões de conflitos armados ou que teve a vida ameaçada por questões ligadas à raça, religião, posição social ou até preferência política. Segundo a ONU, são mais de 26 milhões no mundo, que migram carregando seus costumes e culturas.
No Rio de Janeiro, uma feira celebrou as raízes de quem buscou o Brasil como casa.
Na panela a história dos povos. “Quase estou na minha terra mesmo. Tem quase todas as comidas que a gente gosta, a tia está vendendo aqui”, diz Chico Mayamba.
Lando Coletre, refugiada do Congo, levou muamba. “É amendoim com couve, e a gente gosta muito. Quando estou preparando, sonho com o Congo. Mas já estou aqui, me acostumei também”, afirma.
"Provar comida de outros países é uma forma de viajar sem sair do lugar com certeza. Tantos sabores aqui misturados, e eu me sinto em vários lugares ao mesmo tempo. Dialoga com a nossa trajetória também. A gente também traz na nossa gastronomia elementos africanos”, destaca o professor Felipe de Alvarenga.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/06/18/feira-no-rio-comemora-o-dia-mundial-dos-refugiados-e-celebra-raizes-de-quem-buscou-o-brasil-como-casa.ghtml

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