30/07/2022 às 22h57min - Atualizada em 31/07/2022 às 00h01min
Pesquisadores do Paraná desenvolvem técnica que pode ajudar salvar a araucária da extinção
A araucária em área aberta chega a dar os primeiros pinhões só depois de 15 anos, mas os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e da Embrapa conseguiram diminuir o tempo pela metade.
G1 Brasil
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/30/pesquisadores-do-parana-desenvolvem-tecnica-que-pode-ajudar-salvar-a-araucaria-da-extincao.ghtml
A araucária em área aberta chega a dar os primeiros pinhões só depois de 15 anos, mas os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e da Embrapa conseguiram diminuir o tempo pela metade. Pesquisadores do Paraná desenvolvem técnica que pode salvar araucária de extinção
Pesquisadores do Paraná desenvolveram uma técnica que pode ajudar no reflorestamento da araucária e salvar a espécie da extinção.
São árvores imponentes, majestosas e podem chegar a 50 metros de altura. As araucárias são encontradas nas regiões mais frias do Sul e Sudeste do país. Existem leis que proíbem os cortes dessas árvores e preveem multas aos infratores. As restrições se aplicam também a quem colher os pinhões, que são as sementes da araucária, fora de época.
Por causa do desrespeito à legislação, da exploração indiscriminada da madeira, e do manejo inadequado, a araucária está ameaçada de extinção. Para tentar salvar a espécie, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e da Embrapa desenvolveram uma forma de acelerar a produção de pinhões e multiplicar as árvores que ainda restam. Para isso, eles adaptaram a técnica do enxerto, bastante comum no cultivo de plantas.
“Demoramos praticamente 15 anos para entender como é a araucária, que é uma planta totalmente diferente do que a gente conhece", relata Ivar Wendling, pesquisador da Embrapa Florestas.
Em 2015, eles plantaram a primeira araucária enxertada a partir de clones da árvore mãe, que fica em Caçador, Santa Catarina. Os resultados vieram agora.
A araucária em área aberta chega a dar os primeiros pinhões só depois de 15 anos, mas os pesquisadores conseguiram diminuir o tempo pela metade.
São os primeiros pinhões colhidos das araucárias clonadas. A produção precoce surpreendeu.
“Vimos agora a planta nossa enxertada produzir em tempo recorde pinhões. Eu como fiz um paralelo já, e disse que atingimos o topo do Everest”, conta Flávio Zanette, professor da UFPR especialista em araucárias.
Mais de 5 mil mudas enxertadas já foram plantadas de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Os pesquisadores acreditam que o tão esperado caminho para salvar as araucárias está aberto.
“Salvar a espécie, torná-la interessante para a comunidade. Certamente o interesse pela espécie vai mudar. Temos esperança que os legisladores estabeleçam uma legislação que incentive a araucária”, conta o professor Flávio Zanette.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/30/pesquisadores-do-parana-desenvolvem-tecnica-que-pode-ajudar-salvar-a-araucaria-da-extincao.ghtml