05/11/2022 às 21h57min - Atualizada em 06/11/2022 às 00h00min

Exposição no Museu da Imagem e do Som de São Paulo homenageia 81 personalidades negras

O número não é por acaso: 81 era a idade do diretor-fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, que morreu em setembro.

G1 Brasil
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O número não é por acaso: 81 era a idade do diretor-fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, que morreu em setembro. Exposição no Museu da Imagem e do Som de São Paulo homenageia 81 personalidades negras
Foi inaugurada neste sábado (5), em São Paulo, uma exposição que destaca a importância de personalidades negras na cultura e na história do Brasil.
Uma galeria de gigantes. Todos negros. Todos referências para todo mundo. Elza Soares, Pelé, Clara Nunes, Chica da Silva. Gente que fez, que faz e que conta a história dos negros no Brasil.
“Nós não somos descendentes de escravos, como dizem os livros escolares, nós somos descendentes de grandes civilizações africanas. De reinados fortes e poderosos, de reis, rainhas, príncipes e princesas”, diz o secretário de Equidade Racial de São Paulo, Ivan Lima.
A exposição no Museu da Imagem e do Som de São Paulo homenageia 81 personalidades negras. O número não é por acaso: 81 era a idade do diretor-fundador do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, que morreu em setembro.
Lado a lado, famosos como Tim Maia, e outros pouco conhecidos, como o artista circense Benjamin de Oliveira, que encantou o autor da tela.
“Até pela história dele, é parecida com a minha também, de ser um de um extremo, de um lugar que tem pouca visibilidade e acaba se deparando com a arte praticamente na mesma idade e carrega isso pra vida”, diz o artista plástico Recassio Siva.
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“Vim aqui ver e realmente conhecer várias pessoas que eu nunca tinha ouvido falar e saber mais, né? Da nossa memória, da nossa história”, diz a engenheira de produção Pamela Mendes dos Santos.
Por lá não faltam conexões. Em uma galeria também tem Emicida, um dos nossos maiores nomes do rap. O rap, que é um dos pilares da cultura hip hop, que está dentro do grande caldeirão da cultura negra, outro pilar é justamente o grafite, que foi a forma de arte visual escolhida pra retratar todos esses nomes.
Dentro do museu, teve gente que se sentiu a céu aberto.
“Meio que parece uma coisa na rua, né? Meio que um beco de grafite’, diz a designer de moda Fabiana Sakihara.
"Nós, artistas periféricos, temos a necessidade de estar nesses espaços, nesses ambientes. Porque a gente vê o quanto a periferia é rica, o quanto a periferia tem essa riqueza de talentos na música, na arte, no teatro. Enfim, em todos os ramos da arte", diz o artista grafiteiro Márcio Reis "Banguone".
A Mari Memo é grafiteira há mais de dez anos no Itaim Paulista, bairro do extremo leste de São Paulo.
“São nas periferias também que estão grandes personalidades negras que não são faladas, não são mostradas. É o hip hop fazendo a junção entre a história da negritude, das pessoas negras e a história do hip hop se juntando dentro de um museu”, diz a artista.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/11/05/exposicao-no-museu-da-imagem-e-do-som-de-sao-paulo-homenageia-81-personalidades-negras.ghtml
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