Instituições destacaram os trabalhos das mulheres que atuam em desafios de diversas áreas no estado. Mulheres AM
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O Dia Internacional das Mulheres foi celebrado nesta quarta-feira (8). No Amazonas, instituições destacaram os trabalhos das mulheres que atuam em desafios de diversas áreas como segurança e cultura. Conheça as histórias abaixo.
Mulheres na saúde
Na FVS-RCP 61,6% dos profissionais são mulheres.
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A Vigilância em Saúde do Amazonas tem se destacado pela presença feminina em suas equipes. As mulheres têm mostrado competência e dedicação no enfrentamento de desafios relacionados à saúde pública, com destaque para a prevenção e enfrentamento às doenças, com a pandemia de Covid-19 como ocorrência mais recente.
Na Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), 61,6% dos profissionais são mulheres.
Dos 626 funcionários da FVS-RCP, são 386 mulheres, sendo 47 delas assumindo cargos de liderança da instituição na posição de direção, presidência, coordenação, supervisão, gerência e assessoria.
Assunto presente na vida da população, a vacinação contra a Covid-19 no Amazonas é liderada por uma mulher. A enfermeira Angela Desirée, é gerente de Imunização do estado, estando à frente da coordenação estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), pela FVS-RCP.
“A nossa função é a manutenção da saúde da população através da prevenção de doenças imunopreveníveis. Não desconsiderando a gestão masculina, mas nós, mulheres, temos facilidade em nos comunicar mais e temos grande potencial de articulação das estratégias por meio da busca de informação”, destaca Angela.
A bióloga Emily Marcele Silva atua no enfrentamento à malária no Amazonas como integrante da Gerência de Doenças de Transmissão Vetorial (GDTV) - Malária.
“Eu me sinto muito honrada em trabalhar nessa gerência por conta de toda a importância do controle da endemia para o Amazonas. Nós, mulheres, temos a capacidade forte de nos colocarmos no lugar do outro, o que facilita muito o trabalho de articulação”, destaca a bióloga.
Mulheres na segurança
Tenente Taylla Tolledano, é a primeira oficial a integrar a equipe do Departamento Integrado de Operações Aéreas
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Na Polícia Militar do Amazonas (PMAM), há nove anos, a tenente Taylla Tolledano, é a primeira oficial a integrar a equipe do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Ao lado da cabo da PMAM, Agatha Guarezzi, ela destacou o papel da mulher na área de segurança e, sobretudo, em um local tradicionalmente dominado por homens, como a aviação.
Atualmente, a tenente Taylla realiza capacitação e cursos de pilotagem para se tornar piloto. Para ela, a mulher na aviação já é uma realidade e cada vez mais ganha destaque em todas as áreas da segurança.
“A mulher na aviação já é uma realidade, ela começa em décadas passadas e ganha destaque e renome até hoje permanecendo perene. O mundo da aviação é envolto a sonhos, sinais e alertas, basta reconhecê-los e eu reconheci”, frisou a tenente.
Seguindo o mesmo caminho, a cabo PM Agatha Guarezzi, que também faz parte do Dioa, busca as capacitações para atuar na operação de aeronaves futuramente. Para ela, a área da aviação, tão predominada por homens anteriormente, começa a abrir o espaço que as mulheres sempre mereceram.
“Atualmente eu dou suporte administrativo ao Dioa, mas também participo da parte aérea e busco cursos para me especializar na operação de aeronaves. Esse dia é um marco importante, e para nós da área da aviação, antes tão ocupada pelo gênero masculino, agora estamos aqui ocupando nosso espaço. Meus parabéns a todas as mulheres por esse dia”, destacou.
Ambas, que já atuam nas operações do Departamento, se preparam e se capacitam para em breve operarem as aeronaves da SSP-AM, no apoio às ações de segurança e no combate à criminalidade e levar a representatividade feminina para o ambiente aéreo.
Mulheres na cultura
Produtora cultural e CEO da Casa de Artes Trilhares, Rafaela Margarido
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Mulher. Preta. Mãe. Artista. Nortista. É assim que a produtora cultural e CEO da Casa de Artes Trilhares, Rafaela Margarido, se apresenta em uma de suas redes sociais.
Mas, para Manaus, Rafaela ainda vai além, sendo conhecida também como uma das personalidades femininas empreendedoras que mais se destacou no campo da Cultura, nos últimos anos, trazendo a Manaus, ao completar uma década de produção, a primeira obra licenciada pela Broadway da Casa Trilhares, o musical Escola do Rock, que estreará no próximo dia 25, no Teatro Amazonas.
Rafaela festeja seus 10 anos relembrando sua trajetória de quando deixou a área do Direito para mergulhar fundo no teatro e na produção cultural de Manaus.
O começo foi na Companhia de Teatro Metamorfose, tradicional em Manaus, onde atuou apenas como apoio a seu marido, Léo Margarido, filho da fundadora do dessa companhia, Socorro Andrade. A semente da produção cultural começou nesse período.
Rafaela passou dois anos e meio na companhia Metamorfose e começou a trabalhar elaborando projetos culturais, inclusive sendo contratada na época como produtora local de um projeto da Honda via São Paulo.
O nascimento da Casa de Artes Trilhares ocorreu primeiro como um espaço cultural, com apresentações aos finais de semana, em um shopping de Manaus.
“Não queríamos que a Trilhares fosse apenas uma escola, mas sim um espaço cultural e um local de troca e formação artística”, conta Rafaela, lembrando que o grupo passou por vários endereços até se fincar no atual, na rua Belo Horizonte, em Adrianópolis, com salas que homenageiam grandes artistas locais, como Ednelza Sahdo, Zezinho Correia, Nonato Tavares e Rosa Malagueta.
A Casa de Artes Trilhares, hoje com sete anos de atividades, marca espetáculos como o musical “As aventuras de Matilda”, “Diário das Marias”, “Ópera do Malandro”, que inovou com apresentações a meia noite na sua sede, e o agora “Escola do Rock”. Por trás desse sucesso, há vários profissionais envolvidos e liderados, nos bastidores, por Rafaela.
“São 10 anos só vivendo de arte, mas não é assim ‘romantiquinho’. Foram anos extremamente difíceis, como 2022; houve um dos anos, 2016, em que chegamos a alugar nosso apartamento para morar na Trilhares para não fecharmos, fora outras histórias de desafios. Hoje, fico feliz de não ter desistido”, conta Rafaela.
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/03/08/da-seguranca-a-cultura-instituicoes-destacam-trabalho-da-mulher-no-am-conheca-historias.ghtml