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17/04/2023 às 09h20min - Atualizada em 17/04/2023 às 09h20min

Quem disse que sorvete não pode ser saudável?

As sobremesas são normalmente as vilãs quando se considera seus altos índices de açúcar e de gordura. Mas as confeiteiras vem trazendo alternativas para que o prazer de se degustar um bom doce seja também um hábito saudável

Dhallen Christine

Os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome em média 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), sendo que o limite máximo aconselhado pela OMS para um adulto é de 12 colheres. Já a diminuição do consumo de gorduras vem sendo objeto de diversas ações dos organismos de saúde, como é o caso da gordura trans, que está associada ao aumento do colesterol ruim (LDL) e degradação do colesterol bom (HDL). 

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2010, a média de consumo de gorduras trans pelos brasileiros em alimentos industrializados girava em torno de 1,8% – valor considerado perigoso. A substância deverá estar banida dos alimentos no Brasil até o final de 2023, segundo determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Em Goiânia, uma sorveteria está trazendo receitas de sorvetes e gelados artesanais mais alinhados com a necessidade de redução de consumo de açúcar e gordura, recomendados pelas autoridades em saúde pública. É a Di Maria Gelateria e Gastronomia, situada no Jardim da Luz, onde as receitas de sorvetes não levam gordura hidrogenada, conservantes, corantes e açúcar. Tudo isso, sem prejuízo para o sabor. Os sorvetes, explica a responsável pelo desenvolvimento das receitas, Conceição Lage, não levam gordura hidrogenada. 

“No lugar da gordura hidrogenada, usamos o óleo de palma, também conhecido por azeite de dendê, que é considerado uma gordura saudável, rica em vitamina A, E, antioxidantes, e propriedades que podem ajudar a melhorar a saúde física e mental”, explica ela, que fez a substituição logo quando começou a fazer sorvetes, depois de estudar e entender os malefícios da gordura hidrogenada. Os gelatos, que são o clássico sorvete artesanal italiano, são feitos à base de leite in natura e creme de leite fresco. Eles não levam gordura nem são adoçados. “O sabor adocicado vem exclusivamente da fruta”, informa Conceição Lage. 

Nessa linha, também são fabricadas as opções sem lactose, onde o leite é substituído por água. As receitas não levam corantes artificiais e nem conservantes. "Priorizamos sempre a entrega de um alimento saudável, que a pessoa pode saborear sem riscos para sua saúde, mas sem perder o sabor”, completa Conceição. Os sabores desenvolvidos também são inéditos e inusitados. São quase 40 opções, considerando os gelatos e sorvetes, entre elas estão o de pequi e o de pamonha, desenvolvidos para homenagear os goianos com a chegada da gelateria a Goiânia. 

O negócio familiar foi fundado há mais de dez anos no Mato Grosso e, agora, foi transferido para Goiás. A gelateria também produz mais de 20 sabores de picolés, alguns deles na versão de drink para os maiores de 18 anos. São eles o picolé de Di Caipiroska, com vodka, suco e raspas de limão; o picolé Di Pina Colada e o picolé Di Abacaxi com Rum. No menu, ainda tem milk shake, açaí e outras de A Di Maria Gelateria e Gastronomia já estava operando via delivery e take away - entrega e retirada. 

Em abril, a loja física foi inaugurada em soft opening com o propósito de tornar ainda mais agradável o prazer de desfrutar de um bom sorvete. Com 200 metros quadrados, terá área ao ar livre com paisagismo e ombrelones, brinquedoteca, bancos e decks. O endereço é Avenida Albert Einstein, quadra 6, lote 7, Jardim da Luz.

 


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