26/04/2023 às 23h24min - Atualizada em 27/04/2023 às 00h00min
Suspeito de vazar documentos confidenciais dos EUA tentou obstruir investigações do governo, dizem promotores
Jack Teixeira deve permanecer detido sem o pagamento de fiança até a data do julgamento. FBI diz ter indícios de que investigado tentou destruir provas físicas.
Jack Teixeira deve permanecer detido sem o pagamento de fiança até a data do julgamento. FBI diz ter indícios de que investigado tentou destruir provas físicas. Jack Teixeira em foto postada nas redes sociais Reprodução/ Facebook O suspeito de vazar documentos confidenciais dos Estados Unidos tentou obstruir as investigações do governo, afirmaram promotores federais nesta quarta-feira (26). Jack Teixeira está preso desde o dia 13 de abril acusado de compartilhar arquivos ultrassecretos. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Os promotores afirmaram que Teixeira deve permanecer detido sem o pagamento de fiança até a data do julgamento. A investigação acredita que o suspeito ainda possa ter acesso a informações confidenciais dos Estados Unidos. Além disso, os promotores afirmaram que o FBI tem evidências de que Teixeira tentou destruir provas físicas, incluindo um computador e um tablet. A investigação aponta ainda que o suspeito começou a fazer publicações na internet com informações do governo em dezembro de 2022. Teixeira tem 21 anos e era membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts. Segundo o FBI, o suspeito compartilhou os arquivos secretos em um grupo online que liderava. A Defesa dos EUA acredita que o investigado teve acesso aos documentos por atuar na Guarda como especialista de TI, sendo responsável pelas redes de comunicação militares. LEIA TAMBÉM Quem é Jack Teixeira, o descendente de portugueses suspeito de vazar documentos sigilosos dos EUA Documentos secretos dos EUA: Biden diz que vazamento não preocupa Como documentos ultrassecretos do Pentágono se espalharam na internet Jack Teixeira no momento da prisão, em 13 de abril de 2023 Reprodução/Vídeo Vazamentos O governo americano afirma que os registros de computador mostram que Teixeira acessou um documento sobre a movimentação de tropas na guerra da Rússia na Ucrânia um dia antes de o conteúdo ser publicado on-line. Um amigo contou ao jornal "The Washington Post" que Teixeira não queria minar a segurança nacional dos EUA, mas educar os membros mais jovens do grupo on-line. "Ele amava os EUA, mas simplesmente não confiava em seu futuro", disse a pessoa citada pelo jornal. Outros membros do chat afirmaram que Teixeira compartilhou piadas racistas e antissemitas. Família militar Descendente de portugueses, Teixeira vem de uma família com décadas de serviço militar. Seu padrasto passou 34 anos na mesma unidade que o enteado, e sua mãe trabalhou para ONGs que apoiam militares veteranos, segundo o mesmo jornal. Outros amigos contaram ao "The Washington Post" que Teixeira é patriótico, católico devoto, libertário e tem interesse em armas. "Era mais um solitário e seu fascínio pela guerra e pelas armas levaram muitas pessoas a se afastarem dele", contou um ex-colega. VÍDEOS: mais assistidos do g1