Segundo o Itamaraty, país liderado por Joko Widodo tem interesse em aumentar as importações de proteína animal do Brasil. Lula e o presidente da Indonésia, Joko Widodo Ricardo Stuckert O presidente Lula se encontrou com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, durante a viagem para o Japão, onde participará da cúpula do G7. Os dois líderes discutiram sobre a guerra da Ucrânia e alianças entre os países para o clima. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O encontro foi feito na manhã de sábado (20) pelo horário local – noite de sexta-feira (19) em Brasília. Lula convidou o presidente indonésio para visitar o Brasil e disse que países com grandes populações, como a própria Indonésia, precisam se aliar para fazer valer os tamanhos de seus territórios no cenário internacional. "Tivemos uma boa conversa sobre a questão do clima e proteção de florestas e concordamos sobre a importância de um diálogo pela paz no mundo", disse o petista em uma rede social. Segundo o Itamaraty, o governo da Indonésia disse ter a mesma posição que o Brasil em relação à guerra da Ucrânia. Widodo afirmou que esteve recentemente com o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir a segurança alimentar global. O Itamaraty informou ainda que a Indonésia disse ter interesse em aumentar as importações brasileiras, principalmente de proteína animal. A presença de Lula no G7 marca o retorno do Brasil, após 14 anos, à reunião do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. É praxe que outros países sejam convidados. Nesta edição, foram oito nações convidadas: Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coreia do Sul, Vietnã e Brasil. LEIA TAMBÉM Em Hiroshima para participar do G7, Lula se encontra com o primeiro-ministro do Japão Zelensky convida Lula para reunião durante o G7, diz Itamaraty Embaixadora do Brasil nos EUA diz que ruído entre países por causa de conflito na Ucrânia ‘já se dissipou’ Sessões de trabalho A agenda de Lula durante a cúpula do G7 prevê três reuniões com os presidentes e primeiros-ministros dos demais países presentes: Primeira sessão de trabalho: trabalhando juntos para enfrentar múltiplas crises; Segunda sessão de trabalho: esforços conjuntos para um planeta resiliente e sustentável; Terceira sessão de trabalho: rumo a um mundo pacífico, estável e próspero. Lula e os demais líderes devem fazer uma visita ao Parque Memorial da Paz de Hiroshima, dedicado às cerca de 166 mil pessoas que, segundo estimativas oficiais, morreram quando a cidade foi alvo da primeira bomba atômica usada em contexto de guerra, em 1945. Lula também terá, à margem da cúpula, encontro com um grupo de empresários japoneses e representantes do banco de financiamento JBIC. Participarão representantes dos conglomerados Mitsui, NEC, Nippon Steel e Toyota. Antes de embarcar de volta para o Brasil, Lula fará uma coletiva de imprensa na noite de domingo (horário de Brasília). Agendas bilaterais O governo brasileiro fechou uma série de reuniões separadas de Lula com outros chefes de Estado ou de governo que também estarão no G7. O Planalto confirmou até o momento sete audiências: primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese; presidente da Indonésia, Joko Widodo; primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida; presidente da França, Emmanuel Macron; primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; secretário-geral da ONU, António Guterres. O Itamaraty e auxiliares de Lula também trabalham com a possibilidade de reuniões com representantes dos governos da Índia e do Canadá. VÍDEOS: mais assistidos do g1