21/07/2023 às 20h27min - Atualizada em 21/07/2023 às 20h27min
Benefícios e tecnologias da irrigação são apresentandos no 2º Encontro de Irrigantes do Centro-Oeste
Entre 1996 e 2019, Goiás saltou de 116 mil para 670 mil hectares irrigados, um crescimento de 477%, e já é o quarto Estado que mais irriga no Brasil
rodutores rurais de todo País participaram 2º Encontro de Agricultura Irrigada do Centro-Oeste, realizado nos dos 20 e 21 de julho no campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás, com acesso gratuito. A iniciativa contou com a participação na programação de palestras da líder do segmento no Brasil e América Latina, a fabricante de pivôs Lindsay, cuja concessionária em Goiás é a PIVOT.
O II Encontro de Agricultura Irrigada do Centro-Oeste foi uma realização do Instituto de Pesquisa e Inovação na Agricultura (Inovagri). A organização ficou a cargo da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Associação dos Irrigantes do Estado de Goiás (Irrigo), Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e as entidades do Sistema Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Sistema Faeg): Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag) e Sindicato Rural.
O presidente da comissão organizadora do evento, o professor José Alves Júnior, explica que é muito importante levar informações e quebrar paradigmas a respeito da irrigação, sendo este um dos objetivos do evento, que é aberto a qualquer interessado no tema.. "O senso comum julga que a irrigação vai acabar com os rios, o que não é verdade. Somos usuários da água para aumentar a produção de alimentos, e ela retorna para quase 100% no lençol freático após irrigar as plantas. Precisamos lembrar também que, com o solo vegetado durante o ano todo, além da maior produção de alimentos, existe também um maior sequestro de carbono também, o que é um benefício ambiental", diz ele que é docente dos cursos de agronomia e de engenharia florestal da UFG.
A procura por equipamentos para irrigação no País cresceu cerca de 50% no ano passado sobre 2020. Mas, em Goiás, o índice foi de 60%, segundo dados da Associação de Irrigantes do Estado de Goiás (Irrigo), divulgados em 2022. O sistema ajudou a desenvolver a produção agrícola em todas regiões, não apenas no Sul e Sudeste do Estado.
As lavouras goianas devem ganhar cerca de 400 mil novos hectares irrigados até 2040, segundo o Atlas Irrigação, produzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Entre 1996 e 2019, Goiás saltou de 116 mil para 670 mil hectares irrigados, um incremento de 477%, e já é o quarto Estado que mais irriga no País.
A região do Vale do Araguaia, que tem um volume menor de chuvas ao longo do ano e que tem uma maior dependência da agricultura tecnificada, é uma das que tem se destacado neste crescimento da irrigação. A tecnologia ainda garante o bom desenvolvimento de culturas importantes, como alho, batata, cebola e tomate, que têm um grande peso na cesta básica do brasileiro.
Tecnologia e sustentabilidade Rodrigo Christofoletti Bernardi, especialista em produtos e palestrante da Lindsay no encontro, conta que sua palestra apontou na prática como o uso dos pivôs pode resultar em uma produção sustentável e de alta performance, permitindo ao produtor até três safras anuais. “A irrigação se tornou uma ferramenta essencial para garantir as safras numa região com estações climáticas bem definidas, como o Centro-Oeste, que têm secas acentuadas nesta época do ano”, explica ele.
Durante a palestra, ele também demonstrou que a tecnologia otimiza o manejo do pivô, a exemplo da tecnologia FieldNET Advisor, ferramenta de telemetria da Lindsay. “Quando entramos com os dados do solo, cultura e clima , o FieldNET Advisor nos traz recomendações de uso da água na quantidade correta, trazendo ao produtor economia nos custos operacionais, aumento de produtividade e preserva os recursos naturais (água e solo), pois não ocorre exageros que podem prejudicar o meio”, explica Rodrigo.