17/10/2024 às 16h45min - Atualizada em 17/10/2024 às 16h45min

Startup goiana apresenta colaboradores criados com inteligência artificial na 2ª ExpoFecomércio

Embora ainda assustem quanto a seus impactos, especialistas garantem que a inteligência artificial é uma grande aliada

Marcus Ferreira, founder da startup goiana Acelérion Hub de Inovação, e também Loryane Lanne, especialista em IA e sócia da startup

Sete em cada dez empresas de micro, pequeno e médio porte (74%) usam inteligência artificial com frequência no dia a dia. É o que mostra uma pesquisa encomendada pela Microsoft, que ouviu 300 fundadores e líderes de negócios de diferentes setores e estados brasileiros ainda em 2023. Os usos de IA mais comuns entre as empresas consultadas foram assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%), softwares para agilizar o trabalho (64%) e geração de imagens e conteúdo (43%). 

 

Com a previsão de transformar o cenário empresarial em poucos anos, este é o tema central da 2ª ExpoFecomércio, que irá contar com a participação da Acelérion Hub de Inovação em dois estandes do evento. Criada há cerca de dois anos, a startup tem na inteligência artificial sua principal matéria-prima para o desenvolvimento de seus serviços, e suas soluções já estão presentes em 16 estados brasileiros. O evento acontece de 17 a 20 de outubro no Centro de Convenções de Goiânia.

 

Um dos estandes estará junto à Feira do Empreendedor de Sebrae, onde será apresentado o Funcionário.AI. Já na Feira do Imóvel, o público poderá interagir com a Corretora.AI. Ambos são colaboradores virtuais criados com inteligência artificial Diferentemente dos tradicionais programas de chatbot, que dão apenas respostas programadas para algumas perguntas, os colaboradores de inteligência artificial são treinados para entender contextos, compreender áudios, fazer sugestões e até perceber o estado de humor de quem está teclando.


Dificuldades no recrutamento
Lançada há pouco mais de um ano, a Funcionária.AI chegou ao mercado após dois anos de estudos e testes. Loryane Lanne,  especialista em IA e sócia da Acelérion Hub de Inovação, explica que a ferramenta de IA foi desenvolvida para atender, especificamente, a uma necessidade recorrente da grande maioria dos micro, pequenos e médios empreendedores: a falta de tempo e recursos para treinar novos colaboradores e aumentar seu poder de competitividade.

Esta, inclusive, vem sendo uma das dificuldades das empresas, segundo  estudo da ManpowerGroup, que 80% dos empregadores no Brasil encontram dificuldades para recrutar funcionários. Grande rotatividade, custo e tempo para treinamento de equipe são os fatores que mais impactam nesta tarefa. 

"Para se ter uma ideia, um pequeno empresário demora, em média, um mês para treinar um novo funcionário. Ou seja, uma vendedora demoraria um mês para estar preparada. Só que esse empresário não tem esse tempo, e muitas vezes nem recursos para tal", detalha Loryane Lanne. De acordo com a CEO da Acelérion, por meio da plataforma Especialista.AI é possível treinar uma vendedora IA em menos de 24 horas e já conectá-la ao WhatsApp para atender seus clientes.

Marcus Ferreira, founder da startup goiana Acelérion Hub de Inovação, explica que, longe de ser uma ameaça, a inteligência artificial pode ser uma grande aliada. Basta lembrar que a compra de um imóvel não é uma decisão rápida, mas os consumidores esperam respostas imediatas quando entram em contato, mesmo que façam perguntas durante a madrugada. "A tecnologia te libera de tarefas repetitivas e que normalmente te prendem nos mais diferentes horários", diz. 

 

IA no mercado imobiliário

Para o mercado imobiliário, a Corretora.IA promete ser um aliado dos profissionais humanos. atendimento digital ao cliente, que hoje é a primeira forma de contato da maioria de consumidores que começam a procurar um imóvel.  Ela é capaz de informar em poucos segundos toda a disponibilidade de um determinado imóvel em um bairro, cruzar dados e fazer filtros específicos para selecionar com mais assertividade as ofertas que se encaixam ao que o consumidor procura. 

"Ela é capaz de responder às perguntas sobre o imóvel, como descrição, informações sobre o bairro, preço, enviar imagens, tudo em um diálogo fluído, que se assemelha a  uma conversa entre pessoas", explica Marcus Ferreira. 

 

Marcus Henrique, que também já trabalhou como corretor de imóveis e conhece as nuances da profissão, considera que o papel do profissional ficará muito mais concentrado no relacionamento e no que ele chama de energia da venda. "A inteligência artificial é eficiente em reunir informações, mas ela não tem a capacidade de aconselhar e orientar. Os profissionais deverão se concentrar e aprimorar nisto", diz.

 


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