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10/12/2020 às 18h04min - Atualizada em 11/12/2020 às 20h02min

Caiado diz que política de imunização é nacional e não de prefeito ou governador

Governador voltou a criticar João Dória por anúncia de vacinação O governador Ronaldo Caiado (DEM) voltou a criticar a atitude do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), de anunciar vacinação aos moradores do estado paulista. “Não tem vacina de São Paulo ou do Rio, tem vacina dos brasileiros. Não pode transformar em esculhambação e disputa política eleitoral”, disse em entrevista à Rádio Interativa FM nesta quinta-feira (10). Caiado diz não se tratar de compra de uma simples mercadoria. Mas de aquisição de vacina para que possamos toda população brasileira. “Você não pode querer tratar um brasileiro como de primeira categoria e outro de quinta categoria. O objetivo de salvar vidas é nacional, distribuída igualitariamente. Não se pode ter essa corrida maluca, onde alguém que, num gesto oportunista, possa fazer situações que possam desequilibrar e colocar um prefeito ou um governador que não tenha a vacina sejam taxados de incompetentes”, apontou. O governador ainda taxou a atitude Dória de oportunismo, politicagem rasteira e fake news. Caiado diz que somente a vacina da Pfizer foi reconhecida internacionalmente e que já há aporte do governo federal para aquisição de 70 milhões de doses para o Brasil. No entanto, a farmaceutica informou que não há condições de serem todas entregues já em janeiro de 2021. Neste sentido, para Caiado, a posição de Dória, em falar que irá vacinar a população paulista em janeiro é oportunista. “Isso não existe em um país que é uma República com 27 entes federados. Política de imunização é nacional e não de prefeito ou governador. Não tem vacina de São Paulo ou do Rio, tem vacina dos brasileiros. Não dá transformar em esculhambação e disputa política eleitoral”, criticou. “Precisamos cobrar eficiência do minsitro e isso eu fiz. Cancelei minha agenda e fui lá, com o viva voz a todos os membros do governo. Ontem falei com a FioCruz. É a maneira que devemos agir nesse momento. E não dizendo: eu vou salvar aqui os meus. Não é assim que se pensa a política nacional”, afirmou. Fechamento O governador ainda comentou sobre as medidas de isolamento social tomadas através de decreto estadual em março deste ano para conter o avanço do coronavírus no estado. Contestado sobre mudança de tom em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a criticar, e agora estão bem próximos, e disse não haver dois Caiados. “Sempre tive total independência das minhas ações. Sempre me posicionei que naquela fase no estado de Goiás tinha apenas três cidades que tinham UTIs: Goiânia, Anápolis e Aparecida. Em 246 municípios. É correto admitir um cenário que poderia ter crescimento exponencial da covid-19 onde apenas três cidades havia UTI?”, diz. Caiado diz que o decreto de fechamento do estado foi em decorrência da falta de obteve sucesso e foi exemplo para outros estados. “Fizemos o fechamento. Modéstia à parte mostramos para outros estados como lidar com uma situação tão grave quanto a do covid-19. Fechamos e conseguimos instalar oito hospitais com UTIs no interior do estado. Você não viu nenhuma pessoa que não tivesse leito ou que não tivesse atendido”, argumentou. AGM É Oportunista. Política rasteira“. Foi assim que o governador Caiado definiu o agendamento feito pelo presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Paulo Sérgio Rezende (PSDB), com o governo de São Paulo para possível compra de vacina contra o novo coronavírus. O imunizante é desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa Sinovac. A declaração foi dada ao Jornal O Popular.


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