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07/09/2021 às 20h07min - Atualizada em 07/09/2021 às 20h07min

Profissionais de saúde produzem ciência no Hugo

Colaboradores da unidade do Governo de Goiás realizam pesquisas que são publicadas em periódicos de renome e contribuem para melhores práticas na saúde. No Hugo há o Coremu e o Coreme que são organismos orientam os profissionais que pretendem se especializar em qualquer área Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) tem uma produção científica acima da média. A unidade é referência em muitas áreas das ciências da saúde, principalmente relacionadas a traumas, e os casos são um imenso campo aberto para a produção de ciência em diversos segmentos. Segundo a diretora de Ensino e Pesquisa da unidade do Governo de Goiás, a médica Paula Menezes Ramos, os tutores e preceptores das residências incentivam seus auxiliares a trabalharem em pesquisa e produção de artigos científicos. “O que queremos é que a formação desses novos profissionais seja acompanhada de produção científica, mostrando que promovemos ensino e saber aliado a uma especialização profissional de excelência”, explica. Por trás do período de residência dos profissionais acolhidos no Hugo há dois organismos que orientam os residentes, os profissionais já graduados e que pretendem se especializar em qualquer área: a Comissão de Residência Multiprofissional (Coremu) e a Comissão de Residência Médica (Coreme). O Hugo é uma monumental escola para esses profissionais que saem da faculdade e querem se especializar. Para os médicos, há especialidades importantes, como ortopedia e traumatologia, geriatria, cirurgia geral, cardiologia, neurocirurgia, anestesiologia, entre outras. Para demais profissionais da saúde, há vagas para fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas e outras tantas especialidades. Profissionais em preparação Além de aprenderem na prática com as centenas de atendimentos prestados no Hugo, esses profissionais podem aplicar conceitos de pesquisa e produzir artigos científicos que são bem aceitos pela comunidade científica internacional. Revistas e outras publicações são alvo dessa produção científica dos profissionais em preparação no Hugo, que se mostram para o mundo como cientistas, não apenas como especialistas em alguma área. Um dos mais recentes exemplos disso é o de duas fonoaudiólogas formadas na residência no Hugo sob a supervisão da tutora, também fonoaudióloga, Inez Janaína de Lima Amaral. As recém-formadas Letícia Marcelina Vieira e Rejane Dutra dos Santos passaram pela residência e se tornaram especialistas em suas áreas, mas antes tiveram seus trabalhos publicados e mostrados para a comunidade científica. Inez Janaína explica que a vocação natural do Hugo para cuidar de traumas é um campo vasto para o aprendizado e estudo. Pacientes que foram vítimas de traumas, principalmente acidentes de automóveis e motocicletas, muitas vezes sofrem traumas faciais, o que rende problemas para falar e comer, envolvendo músculos, ossos e movimentos da face. “Quando o paciente entra com trauma de face no hospital, já há estigmas a serem enfrentados, porque a face desse paciente vai mudar, e isso causa impacto na vida social da pessoa. Nosso desafio é minimizar esses efeitos e tentar devolver ao máximo a normalidade e satisfação para esse paciente, reintegrando atividades de grande importância, como fala e deglutição. Nesse sentido, não basta apenas atuar, é preciso buscar alternativas na ciência e indicar fatores novos”, comenta Inez Janaina. Trauma severo Rejane Dutra dos Santos, graduada em fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e também fez residência no Hugo, em urgência e trauma. Sua pesquisa envolveu aspectos da recuperação de pacientes com trauma severo na face. “No decorrer da residência, foi possível observar várias possibilidades de realizar ciência. Em meio a inúmeros casos, optei por desenvolver uma pesquisa sobre trauma facial e fonoaudiologia”, conta. Mesmo enfrentando dificuldades, como falta de literatura sobre o tema e até a pandemia de Covid-19, ela conseguiu desenvolver sua pesquisa, que foi aceita e publicada na Revista da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás. Letícia Félix também foi graduada na PUC-GO e passou pela residência do Hugo. Ela explica que sua pesquisa teve por escopo ‘investigar a gravidade da afasia, realizando uma triagem (teste rápido) em pacientes com Acidente Vascular Encefálico (AVE) internados na emergência do HUGO, visando o acompanhamento, prevenção e reabilitação das afasias”. Ela relata que a experiência e o alcance da pesquisa contribuíram para o sucesso de sua residência. “Uma experiência inovadora em relação de como é importante e valioso a atuação do fonoaudiólogo(a), pois a intervenção precoce nas afasias auxilia no bom prognóstico, realizando a triagem e monitoramento da alteração e sua evolução no decorrer da internação”, resume. As publicações podem ser conferidas no site da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás. O diretor-técnico do Hugo, André Luiz Braga, explica que as produções científicas são disponibilizadas para outros profissionais e até de outros países como primado do conhecimento público. “O que se produz pensando deve ser partilhado com toda humanidade para o progresso da verdade científica”, defende. Fonte: Secretaria da Saúde/INTS

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