Quantidade de visitantes da 26ª edição surpreendeu. Papo com as jornalistas Miriam Leitão, Daniela Arbex e Ilze Scamparini encheu a arena. Bienal Internacional do Livro de São Paulo lotou todos os dias
A 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo ainda não terminou. Este é o último fim de semana. Mas já tem tudo para entrar para a história.
Um mar de cabeças e mentes fervilhantes. O assistente social Caio Vinícius Santi Maria veio do interior só para dar uma olhadinha. Comprou tanto livro que perdeu a conta. "Eu leio rápido, mas eu vou tentar ir bem devagar para não gastar mais livro depois", brinca.
É mesmo difícil resistir. Tem muita promoção, livros com preços de um dígito. Também tem os lançamentos, e a possibilidade de ver de perto e ouvir os escritores.
O papo com as jornalistas Miriam Leitão, Daniela Arbex e Ilze Scamparini lotou a arena.
Jornalistas Miriam Leitão, Ilze Scamparini e Daniela Arbex na Bienal do Livro em São Paulo
Reprodução/TV Globo
“São três jornalistas, três mulheres jornalistas que escreveram livro também. Então a gente conseguiu fazer uma coisa, falar, fazer um apanhado importante dos riscos desse momento no Brasil. Porque, sem democracia, não há jornalismo independente, sem jornalismo independente, não há democracia”, diz a jornalista Miriam Leitão.
Miriam Leitão lançou na Bienal "A Democracia na Armadilha”.
Ilze veio da Itália para divulgar o romance “Atirem direto no meu coração”.
“Eu me inspirei livremente numa personagem que eu conheci. Numa pessoa real que lutou nessa guerra, a guerra do Kosovo, e através do relato dela, e de toda uma pesquisa grande que eu fiz, eu cheguei nessa minha história, que tem, assim, bastante de ficção, porque eu queria testar isso em mim também”, conta a jornalista Ilze Scamparini.
O radialista Bruno Ferreira Balcão garantiu logo os autógrafos das três jornalistas. Acha que uma vinda à Bienal está bom para ele?
“Vim a semana inteira. Eu estou de férias, então aproveitei o evento para conhecer vários autores, conhecer várias histórias que eu nunca conheci, de autores de romances, de terror, de suspense e grandes jornalistas também”, conta Bruno.
O território é das letras, das palavras, mas há que se falar em números. O de visitantes, é só olhar para ver que não decepcionou. Pelo contrário, surpreendeu até quem já frequentou muitas bienais, em tempos pré-pandêmicos. Depois do isolamento e de tantas leituras solitárias, essa 26ª edição já está sendo chamada de a “Bienal das bienais”.
Professor Mário Sérgio Cortella na 26ª Bienal de São Paulo
Reprodução/TV Globo
Nome impresso em tantas capas, o professor Mário Sérgio Cortella também sentiu um gostinho especial nessa edição.
“Gente que vem, que pensa, que discute, crianças, adultos. Isso é um encantamento, um jardim literário magnífico”, diz.
Até a Maria Eduarda Soares Leite, de 9 anos, estreante em Bienal do Livro, ficou impressionada.
“Eu não sabia que tanta gente gostava de livros assim. Você vai lendo um livro e é como se você estivesse assistindo a uma série na televisão. Eu tenho um monte de livros que eu gosto de ler”, conta a menina.
E agora são vários a mais: dez livros que ela comprou aqui, para começar hoje mesmo.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/09/leitores-lotam-a-bienal-do-livro-em-sao-paulo-no-ultimo-fim-de-semana-do-evento.ghtml