07/08/2022 às 23h31min - Atualizada em 08/08/2022 às 00h01min

Primeiro debate ao governo do RS reúne oito candidatos

Candidatos responderam a perguntas feitas por adversários e jornalistas do Grupo Bandeirantes na noite deste domingo (7).

G1 Brasil
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Candidatos responderam a perguntas feitas por adversários e jornalistas do Grupo Bandeirantes na noite deste domingo (7). Oito candidatos ao governo do estado do RS participaram na noite deste domingo (7) do primeiro debate da disputa estadual, realizado pela TV Bandeirantes. Estiveram presentes nos estúdios da emissora Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (PL), Vieira da Cunha (PDT), Vicente Bogo (PSB), Ricardo Jobim (Novo) e Roberto Argenta (PSC).
Carlos Messala (PCB), Paulo Pedra (PCO) e Rejane de Oliveira (PSTU), que também disputam a eleição para governador, não participaram do debate devido ao critério de representação legislativa, conforme determina a Justiça Eleitoral
O debate foi dividido em cinco blocos:

Primeiro bloco: todos os candidatos responderam à mesma pergunta.
Segundo, terceiro e quarto blocos: perguntas entre candidatos.
Quinto bloco: considerações finais.
No primeiro bloco, todos os candidatos responderam à mesma pergunta, com o tempo de um minuto para a resposta: "diante das limitações do Plano de Recuperação Fiscal, a queda na arrecadação para 2023 e a necessidade de orçamento nas mais diversas áreas, quais serão as fontes de recursos utilizadas para garantir investimentos no estado?".
Roberto Argenta (PSC) citou que é necessário diminuir secretarias, cargos de confiança e o número de prédios públicos. "O melhor plano de recuperação fiscal é a geração de empregos. Temos que trabalhar muito na geração de empregos, isso ativa a economia e automaticamente aumenta a arrecadação do estado", disse.
Ricardo Jobim (Novo) disse que a dívida do estado foi acumulada em governos de outros partidos e afirmou que a liberdade econômica fará com que o estado possa ter prosperidade suficiente para pagá-la. "Nossa ideia é a seguinte: liberdade econômica. Fazer com que o estado pare de atrapalhar a vida das pessoas, pare de tratar o produtor como bandido, o agricultor como bandido", disse.
Vieira da Cunha (PDT) rechaçou a ideia das privatizações e disse que é necessário investir em medidas estruturantes, como uma gestão eficiente e combate à sonegação de impostos. "Temos que contestar, inclusive se for preciso judicialmente, essa dívida absurda com a União. Um governo sob nossa responsabilidade vai entrar em juízo para que essa dívida seja contestada e revista", disse.
Edegar Pretto (PT) disse que pretende rever o Regime de Recuperação Fiscal e afirmou que é preciso usar o orçamento do estado para investir em setores produtivos, como indústria e agricultura. "Esse acordo que Bolsonaro fez com Eduardo Leite é um péssimo negócio para o nosso estado, porque congela o orçamento e coloca o RS de joelho perante à União", disse.
Luis Carlos Heinze (PP) afirmou que pretende aumentar a autoestima da população e que pretende propor um pacto com os estados devedores da União. "O que nós vamos fazer é um pacto para discutir com o governo federal uma forma para que possa ser paga a dívida, e também um programa de estruturar a vida do empreendedor, facilitando sua vida", disse.
Vicente Bogo (PSB) falou que é preciso trabalhar para resolver o problema da dívida do estado e utilizar todos os instrumentos possíveis para organizar as finanças e buscar o equilíbrio fiscal. "É indispensável que encontremos saídas, aumentar a geração de renda e riqueza nesse estado, atrair empresas que se mantenham aqui", disse.
Onyx Lorenzoni (PL) afirmou que pretende ficar do lado das pessoas e manter as escolhas feitas durante sua atuação no governo federal. "O Brasil hoje voltou a ser a décima economia do mundo, apesar das narrativas, e está entre os 20 países mais desenvolvidos do mundo", disse.
Eduardo Leite (PSDB) disse que o Regime de Recuperação Fiscal evitou problemas de governos anteriores, como atraso no pagamento de salários, de hospitais e de fornecedores. "Isso é um atestado da responsabilidade fiscal importante para o estado, o RS precisa seguir nesse caminho para garantir as condições de investimento, com a parceria do setor privado e da sua própria capacidade de investimento", disse.
Segundo, terceiro e quarto blocos
No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si, com 30 segundos para perguntas, um minuto e meio para respostas, um minuto para réplicas e 30 segundos para tréplicas.
Edegar Pretto (PT) perguntou a Vieira da Cunha (PDT) sobre privatizações, citando como exemplo a venda da CEEE. O pedetista, que foi presidente da fornecedora de energia, disse que sentiu indignado com o processo de privatização da empresa.
Vieira da Cunha (PDT) questionou Onyx Lorenzoni (PL) sobre as propostas do candidato na área da saúde. Onyx disse que o governo federal, do qual ele fez parte, fez a melhor gestão da pandemia entre todos os países ocidentais.
Ricardo Jobim (Novo) perguntou sobre soluções de infraestrutura para Luis Carlos Heinze (PP), que disse que pretende trabalhar fortemente em hidrovias, ferrovias, rodoviais, portos e aeroportos com verba federal e da iniciativa privada.
Onyx Lorenzoni (PL) questionou Vicente Bogo (PSB) sobre o Banrisul. O candidato do PSB disse que pretende manter o banco sob controle do estado e usá-lo como ferramenta estratégica da economia estadual.
Eduardo Leite (PSDB) perguntou a Roberto Argenta (PSC) sobre empreendedorismo feminino. Argenta disse que 70% das funcionárias de suas empresas são mulheres e afirmou que pretende criar uma secretaria especial para a Região Sul do estado.
Luis Carlos Heinze (PP) questionou Eduardo Leite (PSDB) sobre soluções de transporte urbano na Região Metropolitana. O ex-governador diz que pretende reorganizar o transporte metropolitano e os transportes municipais.
Roberto Argenta (PSC) perguntou sobre a necessidade de reduzir custo burocrático a Ricardo Jobim (Novo). O candidato do Novo disse que pretende diminuir o número de secretarias e selecionar quadros técnicos, e não políticos.
A Vicente Bogo (PSB), Edegar Pretto (PT) respondeu sobre melhorias na educação. Disse que as condições das escolas são precárias e que pretende melhorar as condições estruturais.
Já no terceiro bloco, cada candidato escolheu outro candidato para fazer uma pergunta de 30 segundos, com um minuto e meio para resposta, um minuto para réplica e 30 segundos para tréplica.
Ricardo Jobim (Novo) escolheu o candidato Edegar Pretto (PT) para responder sobre o endividamento do estado e perguntou se o petista pretende aumentar impostos. Pretto disse que o partido nunca aumentou impostos, não vendeu patrimônios públicos e não atrasava salários.
Vieira da Cunha (PDT) perguntou a Eduardo Leite (PSDB) sobre a evasão escolar no RS. Leite disse que o período da pandemia afastou as crianças da escola e citou o programa "Todo Jovem na Escola", que oferece renda para famílias em vulnerabilidade de acordo com a frequência escolar das crianças.
Luis Carlos Heinze (PP) questionou Vieira da Cunha (PDT) sobre o Instituto Flores da Cunha, que está em obras. O pedetista disse que pagar os funcionários em dia é o mínimo, e que é preciso investir mais na educação, como no fim da reforma da instituição.
Edegar Pretto (PT) fez sua pergunta para Onyx Lorenzoni (PL) sobre qual é a diferença entre suas propostas e as de Eduardo Leite. Onyx disse que representa o governo de Jair Bolsonaro e que atualmente é preciso escolher um lado.
Onyx Lorenzoni (PL) questionou Roberto Argenta (PSC) sobre como gerar empregos no RS. O candidato do PSC disse que pretende ampliar as escolas técnicas, o que gera empregos mais qualificados.
Eduardo Leite (PSDB) convocou o candidato Vicente Bogo (PSB) para responder sobre o combate aos crimes e suas propostas sobre segurança pública. O ex-vice-governador disse que é preciso investir na ressocialização dos presos, inclusive através de parcerias com a iniciativa privada.
Vicente Bogo (PSB) questionou, então, Luis Carlos Heinze (PP) sobre a agricultura familiar. Heinze disse que pretende trabalhar na irrigação, para que os agricultores não sejam mais surpreendidos por seca e estiagem. Disse que pretende construir açudes, proteger vertentes e facilitar liberações.
Por fim, Roberto Argenta (PSC) manteve o tema da agricultura familiar em sua pergunta a Ricardo Jobim (Novo) . Questionado sobre o estímulo à agricultura na Região Sul, o candidato do Novo disse que é preciso investir no desenvolvimento vocacionado, investindo em áreas que já são culturas de regiões.
No quarto bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si. Os temas giraram em torno de soluções para a fome, geração de empregos, combate ao feminicídio, crescimento econômico, uso da pensão para ex-governadores, participação da sociedade na política, liberdade econômica e programas sociais de combate à pobreza,
Considerações finais
Ao final, cada um teve oportunidade de fazer as considerações finais.
Luis Carlos Heinze (PP) disse que dedicou sua vida ao trabalho e lembrou o fato de ter começado a trabalhar aos 6 anos, em um bar. "Se fiz como deputado e estou fazendo como senador, vou fazer muito mais pelo Rio Grande como governador deste estado".
Onyx Lorenzoni (PL) afirmou que trabalhará com verdade e compromisso. Disse que pretende ficar apenas nas segundas-feiras no Palácio Piratini e que usará os outros dias para viajar pelo estado. "Andarei pelo Rio Grande, ouvindo cada cantinho do Rio Grande para transformar vidas".
Ricardo Jobim (Novo) disse que acha engraçado candidaturas que usam fundo eleitoral afirmarem que priorizam pautas como educação e saúde. "As pessoas não querem saber de política, e eu tenho que admitir que elas estão certas. Elas estão com nojo de política, porque tudo que se apresenta acaba se resumindo ao narcisismo".
Eduardo Leite (PSDB) disse que o estado superou desafios econômicos em seu governo e sob a gestão de José Ivo Sartori, e que agora pretende ser uma "evolução da evolução". "Vamos continuar colocando o estado no rumo do desenvolvimento para melhorar a vida de todos os gaúchos".
Vieira da Cunha (PDT) falou que defende a candidatura nacional de Ciro Gomes, e que não é necessário escolher apenas entre Luiz Inácio Lula da Silva ou Jair Bolsonaro. " Espero ter contribuído para que exerças o teu direito de voto com consciência", falou, se dirigindo aos telespectadores.
Roberto Argenta (PSC) lembrou que é filho de agricultores e montou a maior empresa de calçados do Brasil. Disse que vai doar seu salário e que pretende investir na geração de emprego. "O emprego garante o presente, e a educação garante o futuro".
Edegar Pretto (PT) fez uma homenagem à Lei Maria da Penha e falou que pretende combater a violência contra a mulher por meio de políticas públicas. "Sou o candidato do Lula neste estado. Lula vai ganhar a eleição no primeiro turno e nós vamos reconstituir uma rede de proteção a homens e mulheres".
Vicente Bogo (PSB) disse que pretende trabalhar pelo bem-estar social e que deseja manter o diálogo durante o governo. "Fazer convergências, chamar ao diálogo para, todos juntos, fazer o Rio Grande saltar para outro estágio".
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Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2022/08/07/primeiro-debate-ao-governo-do-rs-reune-oito-candidatos.ghtml

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