Brigada Militar pede retirada de barracas em bloqueio antidemocrático no Centro de Porto Alegre

Polícia também orienta que bolsonaristas mantenham veículos fora do espaço da via pública. Prazo para liberação foi não informado pela corporação. A Brigada Militar (BM), a polícia militar do Rio Grande do Sul, orientou, nesta sexta-feira (11), que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desobstruam ruas e calçadas no Centro Histórico de Porto Alegre. Grupos contrários ao resultado das eleições realizam atos antidemocráticos no entorno do Comando Militar do Sul desde o início de novembro.
A BM afirma que o Comando de Policiamento da Capital (CPC) pede aos bolsonaristas "que mantenham os veículos fora do espaço da via pública e que retirem as barracas que obstruem calçadas, impedindo o direito de ir e vir do coletivo". O prazo para a liberação das ruas não foi informado pela polícia, que afirma estar "somente orientando" o grupo.
A medida ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliar para todo o território nacional as punições àqueles que promovem bloqueio de estradas e vias públicas. Também nesta sexta, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Prefeitura de Porto Alegre tomasse medidas para desbloquear as ruas. O município disse analisar a situação.
Bolsonaristas montaram barracas na Avenida Padre Tomé, entre as ruas Siqueira Campos e Andradas. Também há banheiros químicos instalados no local. O trecho estava isolado, até a noite desta sexta, por cavaletes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), órgão municipal responsável pela fiscalização de trânsito em Porto Alegre.
A circulação de pedestres do trecho era feita por um brete instalado na calçada do prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Já veículos estavam impossibilitados de acessar o trecho.
A concentração de púbico impacta o trânsito em ruas e avenidas próximas do Comando Militar do Sul. Pessoas exibem diversas faixas com frases como "intervenção federal já" e "supremo é o povo", pautas antidemocráticas e inconstitucionais. A Constituição proíbe intervenção militar.
No dia 2 de novembro, um homem foi preso em flagrante por lesão corporal após agredir uma equipe de reportagem da Band. No mesmo ato, equipes do SBT, da RecordTV e da RDC TV foram hostilizadas por bolsonaristas.
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Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2022/11/11/brigada-militar-bloqueio-antidemocratico-centro-porto-alegre.ghtml