28/01/2023 às 23h35min - Atualizada em 29/01/2023 às 00h00min
Brasil celebra 100 anos de nascimento de Waldir Azevedo, mestre do cavaquinho
Com o instrumento, o artista carioca criou joias da música que ganharam fama internacional.
G1 Brasil
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Com o instrumento, o artista carioca criou joias da música que ganharam fama internacional. Música brasileira celebra 100 anos de nascimento de Waldir Azevedo, mestre do cavaquinho
O Brasil celebra, esta semana, os 100 anos de nascimento do artista carioca reconhecido como um mestre do cavaquinho. Com esse instrumento, Waldir Azevedo criou joias da música que ganharam fama internacional.
“Eu comecei a tocar ouvindo as músicas do Waldir e estudando as músicas do Waldir. Hoje eu sou bacharel em cavaquinho, e graças ao Waldir eu estou fazendo a minha trilha como cavaquinista também”, diz o músico Pedro Cantalice
“O Waldir Azevedo é o divisor de águas desse instrumento como instrumento de solo. Costumava dizer, antes de Waldir Azevedo, pós-Waldir Azevedo. Realmente é um fenômeno do cavaquinho como solista”, afirma o músico Ronaldinho do Cavaco.
Waldir Azevedo é nome referencial no choro como compositor e cavaquinhista
A primeira apresentação de Waldir Azevedo foi no carnaval de 1933, no Jardim do Méier, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele fez muito sucesso tocando o primeiro instrumento que conseguiu comprar: uma flauta, e tinha apenas 10 anos de idade.
“Mostrou uma virtuose desde pequenininho. Ele começou na flauta, foi para o violão, a viola, o bandolim. O cavaquinho foi lá na frente, um pouquinho depois”, conta Ronaldinho do Cavaco.
Em 1949, ele compôs o chorinho que ganhou o mundo em muitos arranjos e vozes: “Brasileirinho”. E foi neste ritmo que Daiane dos Santos disputou a Olimpíada de Atenas, em 2004.
Waldir Azevedo vendeu mais de 1 milhão de discos. A música “Delicado” teve dezenas de gravações em todo o planeta.
A mesma melodia ganhou as telas de cinema nos filmes “Diários de motocicleta” e “O irlandês”. Um pequeno museu na cidade de Conservatória, no Rio de Janeiro, guarda as lembranças do compositor.
Antes de morrer, em 1980, ele criou mais de 130 músicas, ensinou os netinhos e deixou uma herança inestimável para todos nós.
“O legado de Waldir Azevedo é justamente esse, as obras. Ele como compositor, como intérprete e a genialidade de pegar um instrumento simples e fazer do cavaquinho tudo isso”, diz Ronaldinho do Cavaco.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/28/brasil-celebra-100-anos-de-nascimento-de-waldir-azevedo-mestre-do-cavaquinho.ghtml