Neste domingo (12), 17 sobreviventes do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria – oito estrangeiros e nove brasileiros - chegaram ao Rio de Janeiro no avião da FAB que levou a missão humanitária brasileira. Avião da FAB traz 17 sobreviventes da Turquia
Neste domingo (12), 17 sobreviventes do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria – oito estrangeiros e nove brasileiros - chegaram ao Rio de Janeiro no avião da FAB que levou a missão humanitária brasileira.
Um deles, o empresário João Alfredo Basile, que há anos viaja para a Turquia negociando tapetes e que estava em uma cidade próxima ao epicentro do tremor, falou sobre o medo que viveu.
“Fiquei cinco dias sem tomar banho, no lobby do hotel, porque não tive coragem de subir para pegar roupa. Foram os piores cinco dias da minha vida, sem saber se vinham novos tremores. E realmente vieram", relembra.
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FOTOS: busca por sobreviventes do terremoto
O Fantástico conversou com algumas das famílias que estavam no aeroporto. A enfermeira Amina Naham, que é de Juazeiro do Norte, no Ceará, e há 8 anos vivia no Oriente Médio, onde prestava serviço humanitário, falou:
"Estou muito feliz. Quando a gente pisou em solo brasileiro, você não tem noção. Eu recebi ali um pãozinho de queijo e falei: 'Deus do céu, nunca pensei que um pão de queijo fosse tão importante nas nossas vidas'. Eu sou brasileira, mas estou voltando como refugiada. A casa foi toda perdida, as coisas perdidas. Ele precisa de um trabalho aqui, precisamos de apoio, e a gente conta com a solidariedade de todos, de saber que a gente viveu esse drama e foi de maneira muito violenta”.
Seis dias depois da tragédia, as mãos da Fernanda ainda tremiam ao desembarcar. Ela nasceu em São Paulo, mas morava com o marido turco na cidade de Adiaman. A casa deles ruiu, parentes morreram e, nos últimos dias, ela teve que enfrentar medo, frio e fome com um filho no colo e um bebê na barriga.
“De começo, quando nossa casa caiu, a gente também escutou os bichos gritando, morrendo soterrados. As crianças gritando dentro do carro e o lugar não parava de tremer. O que a gente viu foi muita destruição”, conta.
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Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/02/12/sou-brasileira-mas-estou-voltando-como-refugiada-lamenta-enfermeira-apos-voltar-ao-brasil-em-aviao-da-fab.ghtml
