21/04/2023 às 23h29min - Atualizada em 22/04/2023 às 00h00min

Professora volta à aldeia dos Kamayurá, no Xingu, 20 anos após alfabetizar indígenas

A mineira Andréa Duarte passou cinco anos no parque indígena do Xingu e mostrou rotina no Globo Repórter em 2003. Hoje, ela mora em SP e trabalha com projetos ligados à arte dos povos originários.

G1 Brasil
https://g1.globo.com/globo-reporter/50-anos/noticia/2023/04/21/professora-volta-a-aldeia-dos-kamayura-no-xingu-20-anos-apos-alfabetizar-indigenas.ghtml



A mineira Andréa Duarte passou cinco anos no parque indígena do Xingu e mostrou rotina no Globo Repórter em 2003. Hoje, ela mora em SP e trabalha com projetos ligados à arte dos povos originários. O Globo Repórter especial sobre meio ambiente pelos 50 anos do programa, exibido nesta sexta-feira (21), voltou à aldeia dos Kamayurá, no parque indígena do Xingu, 20 anos depois. Em 2003, a equipe de reportagem acompanhou o maior ritual fúnebre da região, o quarup, e mostrou o trabalho de uma professora mineira que alfabetizou indígenas.
Andrea Duarte em 2003, na aldeia dos Kamayurá, no Xingu
Globo Repórter
O Globo Repórter reencontrou Andréa Duarte 20 anos depois. Ela se mudou para São Paulo, ainda está envolvida em projetos com a arte indígena e guarda os cinco anos na aldeia como aprendizado para a vida toda. Andreia passou a paixão pela educação para o hoje professor Aikutuá Kamaiurá, alfabetizado na época por ela.
“Essa lógica de vida muito coletiva, onde você não precisa de uma instituição para ser educado, para formar. Você não precisa de um museu pra apresentar a sua arte. A sua arte está no corpo. Sua arte está na vida. Você está o tempo inteiro numa relação coletiva. Então isso é algo que eu sinto muita falta. Aqui na cidade tudo é muito individualista, né? Claro, de vez em quando eu fujo pra natureza”, diz Andrea Duarte, diretora artística.
Andréa Duarte, ex-professora e diretora artística, em 2023
Globo Repórter
Os encantos do mundo digital conquistaram parte da aldeia há tempos, mas alguns rituais ancestrais resistem, como o quarup. O Globo Repórter mostrou também em 2003 que o sertanista Orlando Vilas Boas foi homenageado na cerimônia. Ele foi criador do Parque Indígena do Xingu e passou quase toda a sua vida lá. Nunca um homem branco havia recebido uma homenagem como essa. Vinte anos depois, a casa de Orlando está abandonada, mas os Kamayurá preservaram muito bem a cultura e as tradições.
A população indígena do Brasil, que vinha caindo ano a ano, começou a se recuperar em 1980 e saltou para quase 900 mil. Os direitos dos povos indígenas estão na nossa Constituição, mas nem as leis impedem que eles sejam atacados e tenham suas terras assaltadas por garimpeiros e grileiros. E eles ainda resistem aos avanços das plantações de soja.
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Fonte: https://g1.globo.com/globo-reporter/50-anos/noticia/2023/04/21/professora-volta-a-aldeia-dos-kamayura-no-xingu-20-anos-apos-alfabetizar-indigenas.ghtml
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