O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta sexta-feira (22) que pretende usar imediatamente as vacinas contra a Covid-19 da marca AstraZeneca que receber, sem segurar a metade para a segunda dose, como foi feito com a CoronaVac.
"Hoje à noite deve chegar a carga de 2 milhões de vacina AstraZeneca da Índia. Ela será submetida a análise pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], chegando a Goiás na segunda-feira cerca de 140 mil doses", disse o governador.
“A segunda dose dessa vacina é dada depois de 12 semanas, por isso, nesse período de três meses teremos tempo de receber a segunda remessa e não terá falta da vacina”, completou.
Seguindo um pedido do Ministério da Saúde (MS), 5% do total de cada estado deve ser colocado em reserva de emergência. Portanto, seriam em torno de 130 mil moradores de Goiás com ao menos uma dose da imunização da AstraZeneca - além das cerca de 90 mil que já estão recebendo a CoronaVac desde o início desta semana.
Vacina Astrazeneca — Foto: REUTERS/Dado Ruvic
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, explicou que devem chegar 140 mil doses da AstraZeneca. Desse total, um acordo nacional com o MS determina que 5% sejam reservados para ajudar estados que estejam em situação crítica. As demais devem ser usadas nos grupos prioritários em Goiás.
"Dá para ampliar a vacinação dos profissionais de saúde e é provável que inicie-se a imunização dos idosos de acima de 80 anos. Vamos esperar ver o quantitativo exato para informar aos gestores as prioridades", explicou.
"Pede-se respeito aos critérios. Essa responsabilidade é do gestor público que está lá. Se não cumprir o que o plano determina, o Ministério Público vai agir, e ele deve ser submetido ao rigor da lei", afirmou o governador.
O alerta é feito após alguns casos de moradores "furando fila" serem identificados em Goiás:
Prefeitura de Goiânia começa a vacinar grupo prioritário, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia
A subprocuradora-geral de Justiça do Ministério Público de Goiás, Laura Maria Ferreira, afirmou que o plano de imunização tem que ser cumprido e que, caso não haja cumprimento, o gestor pode ser punido.
"[Crimes] que podem ser tipificados como abuso de autoridade para o gestor, como a famosa 'carteirada'. Isso não pode acontecer ", disse.
Segundo diretrizes do MS e da SES-GO, devem ser vacinados contra a Covid-19, com prioridade:
Fonte: G1 Goiás.